A franquia Jurassic Park, um fenômeno da ficção científica, marcou gerações não só com os filmes dirigidos por Steven Spielberg, mas também com a trilogia Jurassic World. Um novo filme está programado para estrear em julho, dando continuidade à saga dos dinossauros trazidos de volta à vida.
Apesar da expectativa em torno do novo lançamento, a recepção dos filmes Jurassic World, estrelados por Chris Pratt e Bryce Dallas Howard, dividiu opiniões entre os fãs mais antigos. Muitos sentiram que a narrativa se distanciou das raízes da história, negligenciando elementos construídos desde os anos 90.
Uma das críticas foi a tentativa de desviar o foco dos dinossauros para outros elementos, como os gafanhotos geneticamente modificados da BioSyn, que não gerou o mesmo entusiasmo. Embora o primeiro Jurassic World tenha sido relativamente bem recebido, com a ideia de explorar o DNA modificado e a ambição da InGen, a introdução de dinossauros híbridos como o Indominus rex pareceu exagerada para muitos. Jurassic World marcou uma nova era comercial, visando um público mais amplo, mas, para alguns, perdeu a essência que tornava Jurassic Park único.
Entretanto, uma fala em Jurassic Park III pode ser a chave para conectar as duas trilogias, oferecendo uma nova perspectiva sobre a narrativa. Em uma cena tensa, Dr. Alan Grant (Sam Neill) e seu assistente Billy Brennan (Alessandro Nivola) pousam na Isla Sorna e encontram o Spinosaurus. Billy observa que esse dinossauro não estava na lista oficial de espécies clonadas da InGen. A resposta de Grant é crucial: “Porque não estava na lista deles, e isso faz você se perguntar o que mais eles estavam aprontando”.
Teoria de fã resgata linha de ‘III’

Jurassic Park nunca aprofundou a manipulação genética nos bastidores, algo que só começou a ser explorado em Jurassic World. Essa fala, antes considerada aleatória, agora se alinha com a trama moderna. Essa conexão é ainda mais intrigante considerando o futuro Jurassic World: Rebirth. O Spinosaurus sugere que o parque já havia ultrapassado limites éticos e de transparência, indicando que essa linha narrativa não foi criada especificamente para Jurassic World. Se a InGen conseguiu esconder algo tão significativo, o que mais poderia estar oculto?
Nesta nova sequência, o público encontrará criaturas exóticas, gigantescas e aterrorizantes, espécies criadas em laboratório e consideradas perigosas demais para exibição pública. Vista sob essa ótica, a franquia revela uma progressão de ambição. O que começou como um sonho de recriar a natureza se transformou em uma busca por controle, espetáculo e manipulação. O Spinosaurus foi o primeiro sinal de alerta, um dinossauro mais forte e imprevisível. O Indominus Rex representou o próximo estágio. O Dr. Wu (BD Wong), presente nas duas trilogias, sempre soube mais do que demonstrava.
Essa linha de diálogo aparentemente insignificante em Jurassic Park III, muitas vezes negligenciado, se torna essencial para entender a evolução da franquia. Mesmo que os roteiristas de Jurassic World não tenham baseado sua narrativa diretamente nessa fala, ela oferece uma ponte narrativa entre as duas trilogias.
Essa perspectiva pode mudar a forma como o público vê os filmes. Os monstros em Jurassic World não são anomalias aleatórias, mas sim o resultado de segredos, ambição e escolhas feitas antes da reabertura do parque. Jurassic World não surgiu do nada; uma simples fala pode dar sentido a tudo.