Resumo da Notícia
O Fantástico deste domingo, 12 de outubro, fala da mudança climática. Quinze anos depois de percorrer o mundo em busca de sinais das mudanças climáticas, Sonia Bridi retorna à cobertura internacional com a nova série “Terra: Ainda Temos Tempo”, que estreia neste domingo. A repórter e o cinematográfico Paulo Zero visitaram Dinamarca, Groenlândia, China, Peru e diversas regiões do Brasil para retratar os impactos do aquecimento global e alertar sobre a urgência de ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
De “Terra, Que Tempo É Esse?” para “Terra: Ainda Temos Tempo”
Em entrevista, Sonia Bridi destaca que a mudança no nome da série reflete o avanço da crise climática nos últimos 15 anos:
Não perca nada!
Faça parte da nossa comunidade:
“Os pontos negativos são que nós temos falhado muito em reduzir as emissões de gases de efeito estufa — seja pela queima de combustíveis fósseis, seja pela destruição das florestas. E isso levou ao aquecimento mais acelerado do que se previa há 15 anos. Estamos muito perto do abismo, mas não precisamos caminhar para ele.”
A repórter reforça a importância da conscientização e das soluções tecnológicas, mostrando que ainda há alternativas viáveis para conter o aquecimento global.
Episódio de estreia: Dinamarca e testemunhos de gelo
No primeiro dos seis episódios, Sonia Bridi e Paulo Zero viajam a Copenhague, na Dinamarca, para conversar com o glaciologista Sune Orlander Rasmussen. Eles visitam um galpão a 30 graus negativos, onde estão guardados os chamados “testemunhos de gelo” — cápsulas que registram a concentração histórica de gases de efeito estufa.
“Tudo o que sabemos de gás carbônico e outros gases de efeito estufa vem dos testemunhos de gelo. Porque eles têm essas cápsulas do tempo que ficaram perfeitamente isoladas, aprisionadas entre os cristais de gelo conforme a neve caía”, explica Rasmussen.
A série reforça que, desde a Revolução Industrial, nunca o planeta aqueceu tão rapidamente, e que a principal causa é a ação humana: a queima de carvão e petróleo libera carbono na atmosfera, acelerando o aquecimento global em níveis inéditos nos últimos milhões de anos.
Soluções e esperança
Apesar do cenário preocupante, Sonia Bridi aponta caminhos para reverter o aquecimento:
“Temos esperança, tecnologia e os meios para virar esse jogo. Talvez as coisas mais positivas sejam a consciência da crise, que está muito mais clara no mundo todo. Há grupos organizados promovendo mudanças, sem esperar pelos governos, com volume de conhecimento acumulado. Sabemos o que precisa ser feito, e na maioria dos casos é mais barato do que o que fazemos hoje. Solar e eólica são as fontes de eletricidade mais baratas disponíveis, e os preços continuam caindo. Sabemos melhorar a produção no campo sem desmatar. Agora é arregaçar mangas e trabalhar.”
Literatura e cultura em destaque
O último episódio da temporada do quadro “Negritudes” traz a literatura como foco. A apresentadora Maju Coutinho entrevista a escritora Ana Maria Gonçalves, autora de Um Defeito de Cor e futura ocupante da cadeira 33 da Academia Brasileira de Letras, e o ator e escritor Lázaro Ramos.
Lázaro destaca a relevância da obra de Ana Maria Gonçalves:
“Este livro tem a grande qualidade com relação às narrativas negras: não ter o fetiche da dor. Isso é que faz com que seja uma escrita libertadora, e não uma escrita aprisionadora.”
Ana Maria Gonçalves atribui à mãe a formação de seu hábito de leitura, essencial para sua carreira de escritora:
“Ela me formou como leitora. Eu acho que eu não seria a escritora que eu sou se não fosse a leitora que eu fui desde criança. Minha mãe varria a casa com um livro na mão, mexia a comida com um livro na mão, e se a gente conversava com ela enquanto ela estava lendo, ela começava a ler em voz alta.”
Estas e outras informações você acompanha no “Fantástico”, que começa logo após o “Domingão com Huck“, a partir de 20h30, hora de Brasília, na Globo.
