O Vaticano revelou na tarde desta segunda-feira, 21 de abril, a causa de morte do Papa Francisco, que faleceu aos 88 anos em sua residência oficial, na Cidade do Vaticano. De acordo com o boletim médico divulgado pela Santa Sé, o pontífice foi vítima de insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC). O quadro clínico foi agravado por uma série de comorbidades que debilitavam o estado de saúde do líder da Igreja Católica nos últimos meses.
A certidão de óbito aponta que o Papa sofreu um AVC cerebral, entrou em coma profundo e, posteriormente, apresentou um colapso cardiocirculatório irreversível, registrado às 7h35, no horário de Roma (2h35 da madrugada, em Brasília). A confirmação do falecimento foi feita por meio de registro eletrocardiotanatográfico, técnica utilizada para atestar a morte por meio da ausência total de atividade elétrica cardíaca.
Além do AVC e da insuficiência cardíaca, o boletim médico divulgado pelo Vaticano detalha que o Papa Francisco enfrentava pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão arterial sistêmica e diabetes tipo II. Esses fatores contribuíram significativamente para o agravamento de seu estado de saúde e dificultaram sua recuperação, após um longo período de internação recente.
O pontífice estava em tratamento após ter ficado 38 dias internado devido a uma infecção pulmonar. Após a alta, ele retornou ao seu apartamento na Casa Santa Marta, onde permaneceu sob cuidados médicos. Apesar de demonstrar sinais de melhora, sua condição física era considerada frágil, o que levou os médicos a manterem acompanhamento constante. O agravamento repentino nas últimas horas foi, segundo os especialistas, irreversível.
A morte de Papa Francisco
Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, morreu às 2h35 da madrugada no horário de Brasília (7h35 em Roma), em seu apartamento na residência oficial da Casa Santa Marta. O argentino foi o primeiro papa latino-americano da história da Igreja e o primeiro jesuíta a ocupar o cargo. Ele assumiu o papado em 13 de março de 2013 e permaneceu por 12 anos à frente do Vaticano, sendo reconhecido por seu perfil progressista, humilde e voltado às causas sociais.
Em nota oficial, o Vaticano declarou: “O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados.” A nota reforça o reconhecimento do legado deixado pelo Papa e a gratidão da Igreja por sua trajetória.
Diferente da tradição recente, o Papa Francisco será sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e não na Basílica de São Pedro, no Vaticano, onde estão os restos mortais de pontífices anteriores. A decisão respeita um desejo pessoal de Francisco, que mantinha uma forte ligação espiritual com aquela igreja. A última vez que um papa foi sepultado fora da Basílica de São Pedro foi em 1903, com o enterro de Leão XIII.