O conclave para a eleição do novo Papa teve início nesta quarta-feira (7/5), precedido por uma série de preparativos tradicionais e medidas de segurança. A instalação da chaminé, que sinalizará ao mundo o resultado da votação, é apenas um dos elementos desse processo, que também inclui bloqueadores de sinal e inspeção minuciosa das malas dos cardeais.
O objetivo principal dessas medidas é garantir que os 133 cardeais eleitores permaneçam isolados do mundo exterior, evitando qualquer interferência externa durante o período de votação. A expectativa é que o processo dure até três dias, seguindo a tendência dos conclaves recentes de 2005 e 2013, ambos concluídos em dois dias.
A segurança é reforçada desde a chegada dos cardeais ao Vaticano. Suas bagagens passam por rigorosas inspeções, utilizando raio-x e detectores de aparelhos eletrônicos e de comunicação, para assegurar o isolamento completo dos eleitores.
O esquema de segurança do Conclave

Na segunda-feira (5/5), todos os funcionários envolvidos na organização do conclave, incluindo médicos, enfermeiros, religiosos, pessoal de cozinha e limpeza, motoristas, o diretor de segurança e proteção civil do Vaticano, além de oficiais da Guarda Suíça Pontifícia, prestaram juramento de sigilo. Este juramento reforça a importância da confidencialidade em todas as etapas do processo.
Durante o conclave, os cardeais estão proibidos de usar redes sociais, portar qualquer tipo de aparelho eletrônico, manter contato com a imprensa, ler jornais ou se comunicar com o mundo exterior. Para garantir esse isolamento, o Vaticano emprega bloqueadores de sinal. A comunicação externa é permitida apenas em situações de emergência.
Após a missa *Pro Eligendo Pontifice*, que antecede o conclave, os cardeais seguiram em procissão para a Capela Sistina. Lá, realizarão um juramento solene sobre todo o processo de votação, reafirmando seu compromisso com a escolha de um novo líder para a Igreja Católica.