A disputa pela Prefeitura de Natal ganha novos contornos com a análise das três pesquisas realizadas pelo Instituto Consult, que indicam mudanças significativas nas intenções de voto dos principais candidatos. O destaque vai para o crescimento expressivo de Paulinho Freire (União Brasil), enquanto o ex-prefeito Carlos Eduardo (PSD) apresenta uma queda após um curto período de crescimento. Esses dados refletem uma mudança no comportamento do eleitorado natalense, que se intensifica conforme o cenário eleitoral se aproxima da reta final.
A primeira pesquisa, realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho e divulgada em 10 de junho, mostrava Carlos Eduardo na liderança com 31,8% das intenções de voto. Na segunda pesquisa, realizada entre 06 e 08 de setembro e divulgada em 14 de setembro, o ex-prefeito chegou a 35,7%, consolidando sua posição. No entanto, a terceira pesquisa, conduzida de 14 a 17 de setembro, indicou uma queda significativa para 31%, retornando aos patamares iniciais. Essa oscilação nas intenções de voto sinaliza uma possível fragilidade na campanha de Carlos Eduardo.
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Enquanto isso, Paulinho Freire demonstrou um avanço contínuo nas três pesquisas. Ele iniciou sua campanha com 18% das intenções na primeira pesquisa, subindo para 27,9% na segunda rodada e atingindo 30,6% na mais recente. Com esse crescimento, a diferença entre os dois principais candidatos, que era de 13,8% na primeira pesquisa, diminuiu drasticamente para apenas 0,6%, configurando um empate técnico dentro da margem de erro de 3,1%.
O cenário eleitoral de Natal não se resume apenas a esses dois candidatos. Natália Bonavides (PT), que na primeira pesquisa tinha 13,5% das intenções de voto, também mostrou um crescimento contínuo. Na segunda pesquisa, subiu levemente para 14,1%, e, na terceira, chegou a 16,4%, indicando que sua campanha está ganhando tração entre o eleitorado. Embora ainda esteja atrás de Paulinho e Carlos Eduardo, a tendência de crescimento sugere que Bonavides pode ser uma força relevante até o dia da eleição.
Em contrapartida, Rafael Motta (Avante) enfrentou uma trajetória oposta. O candidato começou com 4,9% das intenções de voto na primeira pesquisa, caiu para 3,5% na segunda e despencou ainda mais na terceira rodada, alcançando 2,5%. Esses números mostram uma queda consistente no apoio ao seu nome, o que pode indicar desafios em sua campanha.
Candidato/Opção | 1ª Pesquisa (10/06) | 2ª Pesquisa (14/09) | 3ª Pesquisa (19/09) |
---|---|---|---|
Carlos Eduardo | 31,8% | 35,7% | 31% |
Paulinho Freire | 18% | 27,9% | 30,6% |
Natália Bonavides | 13,5% | 14,1% | 16,4% |
Rafael Motta | 4,9% | 3,5% | 2,5% |
Nenhum | 14% | 12,5% | 13,8% |
Não Sabe Dizer | 11,5% | 6,3% | 5,1% |
As opções “Nenhum” e “Não Sabe Dizer” também passaram por oscilações ao longo das três pesquisas. A opção “Nenhum” foi escolhida por 14% dos entrevistados na primeira pesquisa, caiu para 12,5% na segunda e voltou a subir levemente, atingindo 13,8% na terceira. Já “Não Sabe Dizer” apresentou uma queda mais contínua, de 11,5% na primeira pesquisa, para 6,3% na segunda, e 5,1% na terceira, demonstrando que cada vez mais eleitores estão se decidindo conforme a eleição se aproxima.
Essas pesquisas foram realizadas com 1.000 eleitores em cada rodada e registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A primeira, que entrevistou eleitores entre 29 de maio e 1º de junho, tem o registro RN-04182/2024. A segunda pesquisa, com entrevistas realizadas de 06 a 08 de setembro, está registrada sob o número RN-06986/2024. Já a terceira, feita entre 14 e 17 de setembro, tem o registro RN-03849/2024. Em todas elas, a margem de erro é de 3,1% para mais ou para menos, com um nível de confiabilidade de 95%.
Esses resultados mostram um cenário eleitoral ainda aberto, com Paulinho Freire ganhando força e Carlos Eduardo enfrentando dificuldades para manter a liderança. A candidata Natália Bonavides aparece como uma terceira via crescente, enquanto Rafael Motta luta para manter a relevância na disputa. O desempenho nas próximas semanas será de suma importância para definir as posições dos candidatos, já que a eleição se aproxima e o cenário ainda pode mudar com novas pesquisas e movimentações de campanha.