Política

Ministro do Trabalho dispara contra a Uber: ‘Se quiser sair do Brasil, que saia’

A relação entre plataformas de transporte por aplicativo e a regulamentação no Brasil ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira (4). Em um debate intenso, o Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, manifestou sua opinião sobre a presença da Uber, uma das maiores empresas do segmento, em território brasileiro.

Durante uma audiência na Câmara dos Deputados, especificamente na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, Marinho foi enfático ao afirmar que, se a Uber decidir abandonar o mercado brasileiro, “o problema é só da Uber“. Ele reforçou sua crença na permanência da empresa no país, lembrando que o Brasil é o principal mercado da Uber globalmente.

A fala do ministro evidencia a segurança do mercado nacional em relação à presença de concorrentes que podem ocupar eventuais lacunas deixadas por grandes players: “Se a Uber quiser sair, outros concorrentes ocuparão esse espaço”, afirmou.

Negociações em andamento

Marinho abordou o atual cenário de negociações entre plataformas e trabalhadores, especialmente entregadores, enfatizando a postura rígida das empresas. Segundo ele, muitas organizações têm sido “vorazes” na busca por lucros, frequentemente à custa dos direitos e bem-estar dos trabalhadores.

O que o governo propõe?

A situação dos trabalhadores de aplicativos tem sido objeto de preocupação e discussão. Marinho fez questão de expressar sua inquietação quanto à atual conjuntura: “Não é justo que jovens estejam sujeitos a jornadas de trabalho extenuantes, de até 17 horas por dia, para conseguir sustentar suas famílias”.

O governo busca uma solução que regulamente o setor e garanta direitos mínimos aos trabalhadores. Entre as garantias estão: salário mínimo, controle da jornada de trabalho, condições de previdência e proteção social. Para o ministro, a situação atual de alguns trabalhadores se assemelha à “sub-exploração“, e é urgente a necessidade de mudança.

Regulamentação flexível

Marinho apresentou uma proposta que visa oferecer flexibilidade. A ideia é permitir que tanto empresas quanto trabalhadores optem pelo regime CLT, caso seja de interesse de ambas as partes. Alternativamente, outras modalidades, como o trabalho autônomo, podem ser escolhidas, desde que garantam direitos básicos ao trabalhador.

Finalizando, o ministro levantou um questionamento que, sem dúvida, precisa ser debatido: “As novas tecnologias devem estar a serviço de quem?”. A reflexão propõe um debate sobre a função da tecnologia e como ela pode beneficiar, ao invés de explorar, a população. O parlamento brasileiro, segundo ele, terá um papel crucial nessa discussão no futuro próximo.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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