Fátima Bezerra celebra denúncia da PGR contra Bolsonaro e dispara: ‘Sem anistia!’

Fátima Bezerra celebra denúncia da PGR contra Bolsonaro e dispara: ‘Sem anistia!’
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra - Foto: Ricardo Stuckert/PR

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), usou as redes sociais para comemorar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Aliada histórica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fátima destacou a importância do processo para a defesa da democracia e afirmou que os responsáveis pelos ataques ao Estado Democrático de Direito precisam ser punidos.

Jair Bolsonaro foi denunciado pela PGR por conspirar contra a democracia! É hora de ele e seus cúmplices responderem pelos ataques ao país e ao estado democrático de direito!“, escreveu a governadora.

Ela ainda reforçou a gravidade das acusações e cobrou punição: “A denúncia contra Bolsonaro, Braga Netto e outros golpistas é um marco na defesa da democracia. As provas são incontestáveis. Que a justiça seja feita de forma implacável para que nunca mais ameacem o Brasil! #SemAnistia“.

Denúncia da PGR e acusações contra Bolsonaro

A PGR formalizou a denúncia contra Bolsonaro e outros 33 nomes, incluindo ex-ministros, militares e assessores próximos, apontando a existência de uma organização criminosa para tentar impedir a posse de Lula e anular o resultado das eleições de 2022. O documento, assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet, afirma que o ex-presidente liderou e aprovou ações para romper a ordem democrática.

Caso a denúncia seja aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro e os demais envolvidos se tornarão réus e passarão a responder formalmente na Justiça pelos seguintes crimes:

  • Liderança de organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Golpe de Estado
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União

A denúncia também revela que Bolsonaro teria aprovado um plano para assassinar o presidente Lula, elaborado dentro do Palácio do Planalto. O projeto, chamado “Punhal Verde Amarelo”, previa uma série de ataques a instituições para enfraquecer o funcionamento dos Poderes.

Segundo a PGR, “Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, plano de ataque às instituições, com vistas à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática. O plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu.

Fátima Bezerra e a defesa da democracia

A governadora do Rio Grande do Norte tem se posicionado constantemente contra o que chama de ameaças à democracia promovidas por Bolsonaro e seus aliados. Durante as eleições de 2022, Fátima defendeu abertamente a candidatura de Lula e criticou as tentativas de descredibilizar o sistema eleitoral.

Agora, com a formalização da denúncia, a petista reforça o discurso de que os responsáveis pelos ataques ao Estado Democrático de Direito precisam ser punidos. Sua manifestação se junta a de outros líderes do Partido dos Trabalhadores (PT), que têm pressionado pelo avanço do processo no STF.

Os alvos da denúncia e o núcleo golpista

Além de Bolsonaro, a PGR denunciou nomes de peso do governo anterior, como:

  • Walter Braga Netto – Ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022
  • Mauro Cid – Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
  • Alexandre Ramagem – Deputado federal e ex-diretor da Abin
  • Augusto Heleno – Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional
  • Anderson Torres – Ex-ministro da Justiça

A denúncia da PGR foi baseada em investigações da Polícia Federal (PF), que apontaram a existência de seis núcleos operacionais que atuaram na tentativa de golpe:

  1. Desinformação e ataques ao sistema eleitoral – Propagação de notícias falsas para desacreditar as eleições.
  2. Incitação militar – Pressão sobre oficiais das Forças Armadas para apoiar a ruptura institucional.
  3. Núcleo jurídico – Criação de decretos inconstitucionais para embasar juridicamente a tentativa de golpe.
  4. Núcleo operacional de apoio – Organização de manifestações e mobilização de grupos armados.
  5. Inteligência paralela – Monitoramento de alvos políticos, incluindo Lula e ministros do STF.
  6. Medidas coercitivas – Elaboração de estratégias para eliminar adversários políticos.

A Polícia Federal concluiu que Bolsonaro teve papel central na estruturação desses núcleos, avaliando, aprovando e dando suporte logístico às ações.

Outras investigações contra Bolsonaro

Além da denúncia por tentativa de golpe, o ex-presidente já é investigado em outros processos:

  • Caso das joias sauditas – Acusado de desviar e vender ilegalmente joias recebidas como presente oficial.
  • Fraude no cartão de vacina – Suspeito de falsificar dados para burlar restrições sanitárias durante a pandemia.

A denúncia da PGR representa um dos momentos mais críticos da trajetória de Bolsonaro e pode resultar em penas severas caso seja condenado.

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