A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) voltou a defender publicamente a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após os Estados Unidos anunciarem uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida foi comunicada nesta quarta-feira (9) pelo presidente norte-americano Donald Trump, que justificou a taxação como uma resposta à forma como o Brasil tem tratado Bolsonaro nos últimos anos.
Nas redes sociais, Bonavides criticou duramente o que chamou de “articulação internacional do bolsonarismo” para prejudicar o país. Em postagem no X (antigo Twitter), a parlamentar afirmou:
Não perca nada!
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“O bolsonarismo quer fazer o povo brasileiro sofrer ao articular sanção contra o Brasil. Tudo isso pra livrar Bolsonaro da cadeia! São traidores do país, sabotadores! Seguiremos em defesa da nossa soberania e responderemos à altura a esses canalhas.”
Na mesma sequência de publicações, a deputada resumiu seu posicionamento com a frase:
“Bolsonaro preso!”
A reação da parlamentar potiguar ocorre após a divulgação de uma carta assinada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos, na qual ele comemora a taxação imposta ao Brasil. O documento, divulgado em suas redes sociais, afirma que o aumento da tarifa seria uma espécie de resposta internacional aos “abusos do Judiciário” e à “perseguição ao conservadorismo no Brasil”.
“Uma hora a conta chega”, escreveu Eduardo, sugerindo que a medida americana é consequência direta das denúncias feitas por ele contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Bolsonarismo no centro das críticas
Para Bonavides, a atitude dos aliados de Bolsonaro no exterior revela uma tentativa deliberada de desestabilizar o Brasil economicamente como forma de pressionar o Judiciário e a opinião pública interna. A deputada classificou os envolvidos como “conspiradores” e acusou o grupo de atentar contra a soberania nacional.
A fala de Trump, que associa diretamente a nova tarifa à situação jurídica de Bolsonaro no Brasil, deu força ao discurso de parlamentares que veem nas ações internacionais do bolsonarismo uma ofensiva coordenada.
Apesar da repercussão negativa no setor comercial e nas exportações brasileiras, aliados do ex-presidente comemoraram a medida.