UFRN oferece tratamento gratuito para pacientes com dores no pescoço

As dores crônicas no pescoço são um problema comum, mas muitas vezes negligenciado, afetando significativamente a vida cotidiana de milhões de brasileiros. Diante desta realidade preocupante, o Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) surge como um farol de esperança.

Com sua iniciativa pioneira, o CCS/UFRN não apenas reconhece a seriedade deste problema de saúde pública, mas também se dedica a encontrar soluções eficazes. Este esforço notável é evidenciado em seu mais recente projeto, que combina pesquisa aprofundada com tratamentos práticos, oferecendo atendimento gratuito a indivíduos atormentados por essas dores persistentes.

Ao adentrarmos na essência deste projeto, descobrimos não apenas os detalhes de um estudo científico inovador, mas também uma janela de oportunidade para inúmeras pessoas que buscam alívio para um mal tão comum e, ao mesmo tempo, tão debilitante.

Dores no pescoço

A má postura é campeã nas causas de dores agudas no pescoço, afetando também de maneira crônica quem não adota bons hábitos posturais (Foto: Reprodução / Portal Fisiopop)
A má postura é campeã nas causas de dores agudas no pescoço, afetando também de maneira crônica quem não adota bons hábitos posturais (Foto: Reprodução / Portal Fisiopop)

As dores no pescoço representam um desafio crescente na saúde pública brasileira. Estatísticas recentes indicam que uma parcela significativa da população do país sofre com esse incômodo, embora muitas vezes este problema não receba a atenção merecida. As pesquisas apontam que quase metade dos brasileiros enfrentará algum tipo de dor cervical ao longo da vida, uma realidade preocupante que transcende as barreiras demográficas, afetando tanto jovens quanto idosos.

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O impacto dessas dores vai além do desconforto físico. Elas podem levar a uma série de complicações na qualidade de vida dos indivíduos, incluindo restrições na mobilidade, dificuldades no sono e até mesmo problemas psicológicos, como o aumento do estresse e da ansiedade. Além disso, a dor crônica no pescoço frequentemente resulta em absenteísmo no trabalho, reduzindo a produtividade e contribuindo para um ciclo vicioso de dor e incapacidade.

Esta situação alarmante evidencia a necessidade de abordagens mais eficazes para o tratamento e a prevenção. O projeto da UFRN, portanto, surge como uma resposta oportuna a essa demanda, oferecendo não apenas alívio para os que sofrem, mas também uma oportunidade para compreender melhor as causas e os melhores métodos de tratamento para essas dores crônicas.

Detalhes da pesquisa e do tratamento oferecido

O Centro de Ciências da Saúde da UFRN está à frente de uma pesquisa inovadora, focada no tratamento de dores crônicas no pescoço. Este estudo não é apenas um avanço científico, mas também uma oportunidade de ouro para aqueles que enfrentam esse problema no dia a dia. A pesquisa é voltada para a compreensão profunda das causas das dores cervicais e a eficácia de diferentes métodos de tratamento.

O atendimento, que é completamente gratuito, está aberto a um grupo específico de indivíduos: pessoas entre 18 e 50 anos que sofrem de dores no pescoço por um período de pelo menos três meses. Importante destacar que as dores não devem estar associadas a qualquer doença específica. Isso permite que a pesquisa se concentre em dores cervicais mais comuns e não vinculadas a condições médicas complexas.

O Centro de Ciências da Saúde conta hoje com 09 cursos de graduação, 16 departamentos e 15 cursos de Pós-graduação Stricto Sensu (Foto: Divulgação / UFRN)
O Centro de Ciências da Saúde conta hoje com 09 cursos de graduação, 16 departamentos e 15 cursos de Pós-graduação Stricto Sensu (Foto: Divulgação / UFRN)

O processo começa com uma avaliação detalhada, que é essencial para entender a natureza da dor de cada paciente e determinar o melhor curso de tratamento. Uma vez selecionados, os participantes são convidados a se comprometer com um tratamento intensivo de oito semanas, que inclui duas sessões presenciais semanais no Departamento de Fisioterapia da UFRN. Essas sessões são cruciais para o sucesso do tratamento e exigem um compromisso firme dos participantes, tanto em termos de tempo quanto de dedicação ao processo.

O projeto representa uma colaboração ímpar entre várias entidades e especialistas, incluindo o Departamento de Fisioterapia da UFRN, o Programa de Pós-graduação em Fisioterapia, o Grupo de Estudo e Pesquisa em Avaliação e Prescrição de Exercício (Gepade) e a Liga de Estudo e Atendimento em Fisioterapia Esportiva (Lefern). Juntos, eles estão não apenas tratando as dores no pescoço, mas também pavimentando o caminho para novas descobertas e tratamentos no campo da fisioterapia.

A pesquisa sobre dores no pescoço na UFRN ganha uma dimensão de credibilidade e profundidade técnica com a participação do professor Wouber Hérickson de Brito, do Departamento de Fisioterapia. Com vasta experiência na área e uma carreira dedicada ao estudo e tratamento de condições musculoesqueléticas, o professor Brito afirma: “Este projeto representa um avanço significativo na nossa compreensão das dores crônicas no pescoço e oferece uma abordagem prática e acessível para alívio e tratamento. Estamos comprometidos em explorar todas as facetas deste problema de saúde comum, mas muitas vezes subestimado.”

Inscrições para participar do projeto

Para aqueles que se identificam com o perfil procurado pela pesquisa e estão interessados em participar, o processo de agendamento de uma avaliação é simples e direto. Os interessados podem entrar em contato através dos seguintes números de WhatsApp: (84) 99614-8583, 99408-2374 ou 99494-9696. Além disso, podem buscar informações adicionais ou esclarecer dúvidas por e-mail no endereço [email protected].

É fundamental ressaltar a importância da disponibilidade para participar das sessões de tratamento, que ocorrerão duas vezes por semana durante oito semanas, no Departamento de Fisioterapia localizado no Campus Central da UFRN. Este compromisso com a frequência e participação ativa é crucial para o sucesso do tratamento e para a eficácia do estudo como um todo.

Rafael Nicácio

Estudante de Jornalismo, conta com a experiência de ter atuado nas assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e da Universidade Federal (UFRN). Trabalha com administração e redação em sites desde 2013 e, atualmente, administra o Portal N10 e a página Dinastia Nerd. E-mail para contato: [email protected]

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