Neuralink, de Elon Musk, recebe aval para testar chip no cérebro de humanos

Sobre o dispositivo da Neuralink, trata-se de um mecanismo do tamanho de uma moeda que une o cérebro a um computador por meio de uma rede de fios com eletrodos

Na corrida da tecnologia para transpor as fronteiras entre cérebros humanos e máquinas, a Neuralink, empresa capitaneada pelo empreendedor visionário Elon Musk, conquistou uma vitória significativa. Anunciando de maneira entusiasmada, a empresa confirmou a obtenção de autorização da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, para a realização de testes clínicos em seres humanos com seu revolucionário dispositivo de interface cérebro-computador.

O propósito deste avanço, segundo a Neuralink, é oferecer uma nova linha de comunicação para pessoas com paralisia ou que sofreram lesões cerebrais traumáticas. Por meio desse dispositivo, espera-se que essas pessoas possam controlar computadores e se comunicar apenas com o poder da mente.

Este marco, além de representar uma luz de esperança para milhares de pessoas ao redor do mundo, pode ser o início de uma jornada que permitirá à humanidade manter o ritmo dos avanços da inteligência artificial, como sugeriu Musk.

Contudo, mesmo diante do otimismo e do potencial revolucionário, é importante ressaltar que o caminho até a comercialização destes dispositivos é complexo e longo. Segundo estimativas de Cristin Welle, ex-integrante da FDA e atualmente professor associado de neurocirurgia e fisiologia na Universidade do Colorado, esse processo pode levar de cinco a dez anos.

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Sobre o dispositivo da Neuralink, trata-se de um mecanismo do tamanho de uma moeda que une o cérebro a um computador por meio de uma rede de fios com eletrodos. O procedimento de implantação requer a perfuração do crânio, demonstrando a seriedade e a invasividade da intervenção.

No entanto, a Neuralink não é pioneira em sua área. Outras empresas, como a Synchron, já iniciaram ensaios clínicos em humanos. Este é um sinal de que o campo das interfaces cérebro-computador é altamente competitivo e está em constante evolução. O dispositivo da Synchron, embora utilize uma tecnologia diferente e menos invasiva, mostra que há diversos caminhos sendo explorados neste campo inovador.

Ressalta-se que a jornada para a realização do primeiro teste clínico em humanos é demorada e requer planejamento meticuloso. A Synchron, por exemplo, levou quase um ano para fazer a transição do anúncio da aprovação da FDA para a realização efetiva do implante em um paciente. Segundo Cristin Welle, os primeiros testes em humanos normalmente envolvem de cinco a dez pacientes e levam em média seis meses.

Este primeiro teste, no entanto, permite à empresa adaptar o design do dispositivo com base nos resultados, sem necessidade de reiniciar o processo de solicitação junto à FDA, conferindo certa flexibilidade à empresa. Se tudo correr bem, a Neuralink poderá iniciar o que se chama de estudo de viabilidade e, posteriormente, um estudo fundamental, semelhante a um estudo de fase III no desenvolvimento de medicamentos.

Assim, apesar da longa estrada para a comercialização dos implantes cerebrais, a autorização concedida pela FDA à Neuralink é um marco importante na pesquisa de interfaces cérebro-computador. Mantendo sua missão de possibilitar uma interação mais eficaz e eficiente entre humanos e máquinas, a Neuralink dá um passo adiante na busca por melhorar a qualidade de vida de pessoas com paralisia e lesões cerebrais traumáticas. Acompanharemos atentamente as próximas etapas deste empolgante progresso tecnológico.

Rafael Nicácio

Estudante de Jornalismo, conta com a experiência de ter atuado nas assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e da Universidade Federal (UFRN). Trabalha com administração e redação em sites desde 2013 e, atualmente, administra o Portal N10 e a página Dinastia Nerd. E-mail para contato: [email protected]

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