Em meio às tensões crescentes com a Coreia do Norte, a Força Aérea e a Força Espacial dos Estados Unidos colaboraram no lançamento de teste de um míssil nesta quarta-feira (6). O Comando Global de Ataque da Força Aérea lançou um Minuteman III, um míssil balístico intercontinental (ICBM) desarmado, a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg. Mas o que isso significa no tabuleiro geopolítico atual?
De acordo com um comunicado da Base da Força Espacial de Vandenberg, o objetivo do programa de teste de ICBM é “validar e verificar a segurança, eficácia, efetividade e prontidão do sistema de armas“. Por sua vez, o vice-comandante da Força de Lançamento Espacial Delta 30, coronel Bryan Titus, destacou que as forças armadas envolvidas são “algumas das mais habilmente treinadas e dedicadas da Força Aérea dos EUA“.
O teste de míssil vem logo após um aviso severo de Jake Sullivan, o Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca. Ele reagiu a relatos de que Kim Jong Un, ditador da Coreia do Norte, e Vladimir Putin, Presidente da Rússia, poderiam se encontrar pessoalmente. Sullivan afirmou que tal ação “não vai refletir bem para a Coreia do Norte” e que haverá consequências no cenário internacional.
John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, revelou que as “negociações de armas” entre Rússia e Coreia do Norte estão “ativamente avançando“. Segundo fontes do New York Times, Putin quer que a Coreia do Norte forneça projéteis de artilharia e mísseis antitanque para a Rússia. Em troca, Kim Jong Un espera que a Rússia forneça à Coreia do Norte tecnologia avançada para satélites e submarinos movidos a energia nuclear, além de ajuda alimentar.
O silêncio Russo
Enquanto isso, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, tem sido evasivo sobre o tema. Quando questionado sobre as conversas entre os dois países, ele afirmou que “não pode” confirmar e que “não há nada a dizer“.
O aumento das tensões e as possíveis negociações de armas têm implicações sérias. Se confirmadas, tais negociações poderiam abalar a estabilidade global, já que esses desenvolvimentos poderiam colocar a Ucrânia e outras nações em uma posição ainda mais vulnerável. Sullivan enfatizou que os EUA continuarão a pedir que a Coreia do Norte cumpra seus compromissos públicos, o que inclui não fornecer armas que possam acabar matando ucranianos.
Um xadrez geopolítico complexo
O teste do míssil Minuteman III pelos EUA foi mais do que um exercício técnico; ele também foi um sinal claro de que os Estados Unidos estão levando a sério as ameaças emergentes. As negociações de armas entre a Coreia do Norte e a Rússia, se confirmadas, têm o potencial de alterar significativamente o equilíbrio de poder global.
Este é um momento em que os países envolvidos estão fazendo seus movimentos em um tabuleiro geopolítico cada vez mais complexo e instável. O mundo estará, sem dúvida, de olho em como esses eventos se desenrolarão, já que as decisões tomadas agora terão repercussões duradouras.
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