Após mais de três décadas de história, a Volkswagen finalizou a produção do seu lendário motor VR6. A última unidade, de um total de 1,87 milhão fabricadas, saiu da linha de montagem em dezembro, marcando o fim de uma era. A montadora não planeja um substituto direto, uma vez que seus esforços estão focados no desenvolvimento de motores elétricos mais eficientes, em linha com a tendência da indústria automotiva.
O VR6, que estreou em 1991 nos modelos Corrado e Passat com um 2.8 de 174 cv, se despede em um SUV, o Audi Q6, disponível no mercado chinês, equipado com um 2.5 de 300 cv e 51 kgfm de torque. É importante não confundir este modelo com o Q6 e-tron, recentemente lançado no Brasil.
Este propulsor equipou veículos de diversas marcas do grupo Volkswagen, como Seat e Porsche, mas ficou conhecido por sua presença no Golf R32, que ostentava um 3.2 de 250 cv.
O que significa VR6?
A sigla VR6 representa um motor de seis cilindros em ‘V’, mas com características de um motor em linha. O “R” em seu nome é referente a *Reihenmotor*, termo alemão para motor em linha. A principal diferença está no ângulo do “V”, que é de apenas 15 graus no VR6 da Volkswagen, enquanto que em motores V6 convencionais este ângulo costuma ser de 60 graus.
Essa característica permitiu que o motor fosse construído com apenas um cabeçote e duas árvores de comando de válvulas, simplificando sua construção e reduzindo custos. Sua estrutura mais estreita permitiu que fosse utilizado tanto em veículos com tração dianteira quanto em modelos com motor em posição transversal.