A Volkswagen está negociando com o governo dos Estados Unidos possíveis investimentos de grande porte no país. A ideia é fortalecer sua presença por lá e se proteger de tarifas comerciais que vêm afetando montadoras europeias e japonesas.
O CEO da montadora, Oliver Blume, contou em entrevista ao jornal alemão Sueddeutsche Zeitung, no dia 30 de maio de 2025, que as conversas com as autoridades americanas têm sido produtivas e caminham bem.
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Embora a empresa ainda não tenha revelado os valores envolvidos nem os setores que receberão os investimentos, a expectativa é que eles incluam ampliação de fábricas, pesquisa em novas tecnologias e geração de empregos. Em paralelo, outras montadoras também estão buscando alternativas, como a Nissan avalia venda da sede em Yokohama para aliviar dívidas.
Essa movimentação acontece num momento em que várias montadoras estão revendo onde e como produzem seus veículos, tentando se adaptar às novas políticas comerciais e às mudanças do mercado global.
Investir nos Estados Unidos pode ser uma forma de a Volkswagen garantir mais estabilidade diante de possíveis barreiras comerciais e, ao mesmo tempo, aproveitar incentivos oferecidos pelo governo local. Vale lembrar que a Volkswagen mantém preços estáveis nos EUA até o final de junho, apesar das tarifas, demonstrando sua resiliência.
A estratégia também mostra que a Volkswagen quer ter mais flexibilidade para manter a competitividade mundial, especialmente em tempos de incertezas econômicas e mudanças nas regras de comércio internacional.
Ao considerar um investimento desse porte, a empresa sinaliza seu compromisso de longo prazo com o mercado americano e com a manutenção de sua relevância global no setor automotivo. O cenário é complexo, com outras empresas como Volvo e Porsche anunciam cortes de cerca de 6.900 empregos em meio a desafios do mercado, o que torna a decisão da VW ainda mais estratégica.