Resumo da Notícia
A nova geração da Toyota Hilux está prestes a dar as caras no mercado internacional. Com apresentação marcada para novembro, na Tailândia, a picape já roda em testes praticamente sem disfarces, antecipando mudanças visuais profundas, nova tecnologia e um passo importante rumo à eletrificação. A estratégia da marca japonesa aposta em uma reformulação ampla, mas sem abrir mão da base atual.
A Toyota decidiu seguir um caminho semelhante ao adotado pela Chevrolet S10: uma reestilização profunda, mantendo a estrutura e a cabine da geração lançada em 2015. As alterações se concentram na dianteira, traseira e no interior, atualizando a picape para enfrentar rivais mais modernas. O visual já foi parcialmente revelado por flagras feitos na Ásia e na Guatemala.
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Na frente, a Hilux ganhará uma grade maior e mais reta, faróis em LED mais afilados e o nome “Toyota” escrito por extenso, abandonando o logo tradicional. As laterais recebem rodas novas e molduras mais retangulares, enquanto a traseira exibe lanternas em LED redesenhadas, invadindo a tampa da caçamba. O perfil lateral se mantém quase intacto, preservando as portas originais.
No interior, o salto promete ser expressivo. Inspirado na Toyota Tacoma, o painel terá desenho em dois níveis, central multimídia flutuante de 10 polegadas, botões físicos e acabamento mais sofisticado, com materiais de toque macio. O quadro de instrumentos digital e os novos comandos posicionam a Hilux em um patamar mais tecnológico, aproximando-a de SUVs premium da própria marca.
Em termos de segurança e assistência, espera-se que mais versões tragam o pacote Toyota Safety Sense, incluindo controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma de emergência e assistente de permanência em faixa — recursos cada vez mais comuns no segmento e já presentes em concorrentes diretas. A cabine também deve oferecer mais conforto, com console central redesenhado e melhor ergonomia.
Sob o capô, a novidade está no sistema híbrido-leve de 48V, acoplado ao motor 2.8 turbodiesel de 204 cv e 50,9 kgfm. O sistema não movimenta as rodas sozinho, mas auxilia nas arrancadas e no start-stop, reduzindo emissões e consumo. A tecnologia já é oferecida em mercados como Austrália e Tailândia e agora será expandida para novos países, incluindo o Brasil.
A adoção desse sistema chama atenção porque a própria Toyota já havia criticado publicamente a tecnologia, afirmando que “híbrido de verdade” exige propulsão elétrica independente. Ainda assim, a empresa aposta nessa solução intermediária para modernizar a picape sem abandonar o motor a combustão — crucial para mercados onde o diesel continua dominante.
A produção continuará na Argentina para atender à América do Sul, onde o processo de homologação no Brasil começará em fevereiro de 2026, o que empurra o lançamento para o fim de 2027. A Toyota aposta em uma atualização eficiente, com eletrificação leve, novo visual e mais tecnologia, mantendo a robustez que fez da Hilux líder de vendas em diversos mercados.
No Brasil, a Hilux continua líder isolada. Entre janeiro e setembro de 2025, foram 36.159 unidades emplacadas, bem à frente da Ford Ranger (24.822) e da Chevrolet S10 (21.565). Hoje, todas as versões vendidas no país usam o motor 2.8 turbodiesel de 204 cv e 50,9 kgfm, com câmbio manual ou automático de seis marchas.
Com a atual geração completando uma década, a chegada da nova Hilux marca um capítulo de transição importante para a marca japonesa: modernizar sem romper com a essência. Uma fórmula que já se provou certeira no mundo das picapes e que a Toyota pretende repetir com precisão cirúrgica.



