Uma nova proposta no Senado dos EUA quer endurecer as regras sobre carros conectados vindos da China. A senadora Elissa Slotkin, de Michigan, defende que esses veículos podem coletar dados sensíveis dos americanos e, por isso, representam um risco à segurança nacional. Entre as informações que poderiam ser captadas estão vídeos, mapas 3D e localização dos motoristas.
O projeto, chamado Connected Vehicle National Security Review Act, tem como objetivo proibir ou restringir a venda desses veículos ou peças caso sejam considerados uma ameaça. A proposta foca em empresas que estejam sob controle de países considerados preocupantes, como a China.
Slotkin também quer fechar brechas na legislação atual, como a possibilidade de empresas chinesas montarem fábricas no México para depois exportar os veículos para os EUA sem enfrentar restrições.
A senadora afirma que a medida vai além das ações já tomadas pelo governo Biden e até das tarifas criadas durante o governo Trump. Para ela, é urgente estabelecer critérios mais rígidos antes que esses veículos entrem de vez no mercado americano.
Apesar de enfatizar o aspecto da segurança nacional, Slotkin foi enfática ao declarar que fará o possível para impedir a entrada de veículos chineses no mercado americano. A ressalva, no entanto, parece não se aplicar a modelos como o Buick Envision e o Lincoln Nautilus, que possuem alguma ligação com a produção chinesa. Em outro cenário, a Stellantis avalia o futuro de Alfa Romeo e Maserati, com possível venda da Maserati.
