A Tesla vive hoje um momento delicado. O brilho da empresa que já liderou com folga o mercado de veículos elétricos vem se apagando, com sinais claros de desgaste em diversos setores — das vendas à imagem pública.
Entre os maiores problemas está a figura de Elon Musk. Conhecido por seu espírito inovador, o empresário passou a ser visto por muitos como um fator negativo. Pesquisas mostram que a imagem polêmica de Musk tem afastado potenciais compradores, impactando diretamente na percepção da marca.
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Esse descontentamento já começa a se refletir nas ruas. Relatos de protestos em frente a lojas da Tesla e até casos de vandalismo contra veículos da marca mostram um cenário de insatisfação crescente. As ações da empresa também vêm sofrendo, com uma queda de cerca de 25% só neste ano.
No portfólio, há um contraste entre os modelos. O Model 3 e o Model Y ainda se mantêm relevantes, com atualizações recentes e boas vendas. Já o Model S e o Model X, mais antigos e sem grandes novidades, tiveram desempenho fraco no primeiro trimestre, com pouco mais de 12 mil unidades entregues.
Outro ponto de tensão é o futuro do Tesla Roadster, prometido desde 2017 e que ainda não saiu do papel. A indefinição em torno do projeto levanta dúvidas sobre sua viabilidade, e cancelá-lo pode ser uma saída para cortar custos e evitar mais frustrações.
Além disso, as promessas sobre direção totalmente autônoma seguem sem se concretizar. Propostas como o “Cybercab” ainda geram mais ceticismo do que empolgação. Diante disso, analistas apontam que a Tesla precisa focar no que ainda funciona — como os modelos mais acessíveis — e, principalmente, reconstruir sua imagem, distanciando-se das polêmicas de seu CEO. Há rumores de que a Tesla pode iniciar produção do Model Y de três fileiras na China em maio, o que poderia dar um novo impulso nas vendas.