O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, implementou um aumento significativo nas tarifas de importação sobre produtos de parceiros comerciais estratégicos. A medida, justificada como uma resposta a uma “emergência nacional” devido à imigração ilegal e ao tráfico de drogas, impacta diretamente o setor automotivo e outros segmentos econômicos.
Entrou em vigor no dia 4 de fevereiro de 2025, um aumento de 25% nas tarifas sobre importações do México e do Canadá, além de uma taxa de 10% para produtos provenientes da China. A decisão põe em xeque o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), que estabelece baixas tarifas e a livre circulação de mercadorias entre os países da América do Norte, com vigência prevista até 2036 e revisão agendada para 2026.
A justificativa oficial da administração Trump para a imposição das novas tarifas é a de que elas são necessárias para combater uma “ameaça extraordinária representada por imigrantes ilegais e drogas, incluindo o letal fentanil”. A alegação é de que a medida se enquadra em uma emergência nacional sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional.
O aumento das tarifas gera incertezas sobre o futuro do comércio regional, principalmente no setor automotivo, que possui cadeias de produção altamente integradas na América do Norte. Essa medida pode impactar diretamente as vendas de elétricos e híbridos plug-in, um mercado onde a China tem se destacado, e também pode afetar empresas como a Stellantis, que busca revitalizar suas vendas.