A Infiniti, montadora de veículos de luxo da Nissan, suspendeu temporariamente a aceitação de novos pedidos nos Estados Unidos para os modelos QX50 e QX55. A medida é uma resposta direta às tarifas de 25% impostas pelo governo Trump sobre importações automotivas.
Ambos os crossovers são produzidos no México, e o QX50 é um dos produtos mais importantes da Infiniti. As tarifas de Trump podem elevar preços de carros importados em até US$ 16 mil, diz especialista.

Apesar da suspensão das encomendas nos EUA, a produção dos veículos continuará para atender a outros mercados. No entanto, relatórios anteriores já indicavam a possível descontinuação dos crossovers em dezembro. A Stellantis anuncia demissões temporárias e paralisações devido a tarifas de Trump.
Tanto o QX50 quanto o QX55 já passaram do auge em seus ciclos de vida. O QX50 de segunda geração foi lançado no Salão do Automóvel de Los Angeles em 2017, enquanto o QX55 chegou alguns anos depois, sem nunca realmente conquistar o público. No ano passado, a empresa vendeu apenas 3.721 unidades do QX55 nos Estados Unidos. GM aumentará produção de caminhonetes nos EUA após tarifas de Trump.
O QX50, por outro lado, é o segundo veículo mais vendido da Infiniti, atrás do QX60. Sua ausência será sentida, mas há rumores de que a Infiniti receberá uma versão rebatizada do Nissan Rogue.
A Nissan anunciou que um novo Rogue entrará em produção no ano fiscal de 2026, com opções de motor a combustão interna, um sistema híbrido plug-in e um sistema e-Power. Canadá impõe tarifa de 25% a veículos importados dos EUA em retaliação a Trump.
A Infiniti também revelou planos para um novo crossover cupê QX65 e um SUV elétrico, este último previsto para o ano fiscal de 2028 e inspirado no conceito Vision QXe.
Em relação ao Rogue, a Nissan reconsiderou a produção do modelo atual em Smyrna, Tennessee. A empresa planejava eliminar um turno na fábrica este mês, mas decidiu manter para preservar “um volume mais localizado” nos EUA, isento de tarifas automotivas.