Resumo da Notícia
Nesta segunda-feira (3), a Prefeitura de São Paulo apresentou o milésimo ônibus elétrico da frota municipal, consolidando a cidade como líder nacional em transporte público movido a energia limpa. O evento, realizado no Pacaembu, marcou a entrega de 60 novos coletivos e simbolizou um avanço que vai muito além dos números, um gesto concreto em favor do meio ambiente e da saúde urbana.
O marco chega em um momento estratégico, às vésperas da COP30, conferência climática da ONU que ocorrerá neste mês em Belém (PA). A Prefeitura aproveitou a ocasião para destacar o papel de São Paulo como protagonista nas discussões sobre sustentabilidade e inovação, mostrando que é possível reduzir emissões e melhorar a qualidade de vida sem comprometer a mobilidade urbana.
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Ao todo, a frota da capital soma 1.009 ônibus elétricos, sendo 820 movidos a bateria e 189 trólebus, capazes de economizar 35 milhões de litros de diesel por ano. O impacto ambiental é expressivo: apenas os 60 novos veículos deixarão de emitir 5,2 mil toneladas de CO₂ anualmente, o equivalente ao plantio de 6.400 árvores, reforçando o compromisso com a descarbonização municipal.
Durante a cerimônia, o prefeito Ricardo Nunes ressaltou o caráter histórico da conquista. “É um legado que vai muito além desta gestão. Cada ônibus elétrico representa investimento em qualidade do ar, em saúde pública e em futuro sustentável. Estamos aplicando mais de R$ 2,5 bilhões nessa transição”, afirmou. O secretário de Mobilidade Urbana, Celso Caldeira, reforçou que São Paulo “já é referência nacional em descarbonização do transporte coletivo”.
O ônibus número 1.000 foi fabricado pela Eletra, empresa brasileira que se tornou peça central na eletrificação da frota paulistana. O modelo de 15 metros utiliza plataforma Scania, carroceria Caio e componentes da WEG. A presidente da Eletra, Milena Braga Romano, celebrou o avanço: “Este é um símbolo do protagonismo da indústria nacional e da confiança dos operadores na nossa tecnologia”.
Mais do que reduzir emissões, os novos coletivos representam uma mudança na experiência do passageiro. Todos contam com ar-condicionado, tomadas USB, Wi-Fi e o sistema de monitoramento SmartSampa, que integra parte da frota à central de segurança da Prefeitura. O nível de ruído também é menor, entre 60 e 70 decibéis, contra 80 dos modelos a diesel, garantindo mais conforto e menos poluição sonora.
Para enfrentar o desafio da recarga, a cidade aposta no sistema BESS (Battery Energy Storage System), um “banco de energia” que armazena eletricidade fora do horário de pico e alimenta até 29 ônibus ao mesmo tempo. Segundo Nunes, “essa é uma solução nacional eficiente, que permite expandir a frota sem sobrecarregar a rede elétrica”.
Desde que a compra de ônibus a diesel foi proibida, em 2022, a frota elétrica de São Paulo mais que quadruplicou, saltando de 216 para mais de mil veículos. Com apoio do BNDES e Banco do Brasil, os investimentos seguem firmes e crescentes. Para os paulistanos, o reflexo é visível nas ruas e silencioso nos ouvidos: uma cidade que respira melhor, se move com mais eficiência e avança com energia limpa rumo ao futuro.


