Resumo da Notícia
A Renault abriu um novo capítulo em sua história industrial no Brasil ao confirmar, nesta segunda-feira (6), o início da produção do Boreal, seu SUV médio desenvolvido especialmente para os mercados emergentes. O modelo será fabricado no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), a primeira planta do mundo a produzir o veículo — um símbolo da aposta global da marca em inovação, tecnologia e sustentabilidade.
Apresentado em julho, em São Paulo, o Boreal chega como peça-chave no plano “Renault Brand International Game Plan 2024–2027”, que busca reposicionar a marca em países estratégicos. O SUV será exportado para 17 países da América Latina e, a partir de 2026, chegará também à Turquia e a outros mercados. O lançamento nacional está previsto para novembro de 2025.
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O investimento é robusto: R$ 2 bilhões foram destinados ao desenvolvimento e à industrialização do Boreal no Brasil, dentro de um ciclo total de R$ 5,1 bilhões previsto entre 2021 e 2025. “O Boreal é o SUV high-tech da Renault. A tecnologia está no carro e na fábrica”, destacou Ariel Montenegro, presidente da Renault do Brasil, durante a cerimônia que marcou o início da produção.
O Complexo Ayrton Senna foi escolhido por reunir o que há de mais avançado em manufatura automotiva. É a única fábrica de automóveis da América Latina reconhecida pelo Fórum Econômico Mundial como “Farol da 4ª Revolução Industrial”, graças ao uso de inteligência artificial, impressão 3D, gêmeos digitais e veículos autônomos internos. A planta também é autossuficiente em energia renovável e Aterro Zero desde 2016.
O design do Boreal segue a nova identidade global da Renault, inspirada em formas de diamante. A dianteira exibe luzes diurnas em LED divididas, grade iluminada e para-choque de aparência sofisticada. Na lateral, destacam-se rodas de 19 polegadas e maçanetas embutidas; atrás, lanternas finas e o novo logotipo “Nouvel’R” completam o conjunto. O SUV mede 4,56 metros de comprimento, 2,70 m de entre-eixos e oferece porta-malas de 522 litros — um dos maiores da categoria.
O interior combina tecnologia e refinamento, onde o painel adota o sistema OpenR, com duas telas de 10 polegadas e integração nativa ao Google Automotive, permitindo acesso direto a Maps, Waze e Spotify. A cabine traz materiais de alta qualidade, iluminação ambiente configurável, bancos elétricos com massagem e som premium Harman Kardon, com regulagem acústica assinada por Jean-Michel Jarre.
Sob o capô, o Boreal estreia o motor 1.3 TCe turboflex de 163 cv e 25,5 kgfm, aliado ao câmbio automatizado EDC de dupla embreagem e seis marchas. A tração é dianteira, mas uma versão híbrida-leve 4×4 está em desenvolvimento para 2026, ampliando a oferta tecnológica da Renault no segmento dos SUVs médios.
A estrutura RGMP, derivada da plataforma CMF-B, oferece arquitetura elétrica moderna e compatível com futuros sistemas de assistência. São até 24 recursos de condução semiautônoma, entre eles piloto automático adaptativo, câmeras 360º e estacionamento automático. O carro ainda estreia no Brasil o sistema Park Assist e projeção de mapas no painel digital.
Para a Renault, o Boreal é mais que um novo produto: é uma vitrine de inovação nacional. “O Brasil ser o primeiro país a fabricar esse SUV tecnológico é motivo de orgulho”, afirmou Thierry Charvet, vice-presidente global de Indústria do Renault Group. Os preços ainda não foram revelados, mas devem ficar entre R$ 180 mil e R$ 210 mil, posicionando o modelo frente a Jeep Compass, Volkswagen Taos, Toyota Corolla Cross e BYD Song.
