O Grupo Volvo decidiu reduzir sua produção nos Estados Unidos e demitir parte dos funcionários. Segundo a empresa, a instabilidade nas políticas comerciais dificulta o planejamento e atrapalha os investimentos de longo prazo.
As mudanças começaram a pesar especialmente após a imposição de tarifas sobre peças e componentes que atravessam fronteiras mais de uma vez durante o processo de fabricação. Isso complicou a logística da produção e elevou os custos para a montadora sueca.
Esse novo cenário trouxe incerteza para o mercado, afastando consumidores e gerando instabilidade nas vendas. Megan Lampinen, da Automotive World, afirma que o caso da Volvo é um dos primeiros sinais claros das consequências dessas políticas adotadas nos últimos anos.
Além da volatilidade no mercado, outro desafio imediato para a Volvo tem sido reorganizar sua cadeia de suprimentos. A empresa precisa se adaptar rapidamente ao novo ambiente regulatório para manter suas operações nos Estados Unidos.
Em março de 2025, a S&P Global já havia emitido um alerta sobre o risco dessas tarifas. Segundo o relatório, elas podem reduzir temporariamente o volume de caminhões vendidos e até mudar a forma como esses veículos são fabricados no futuro.
As decisões tomadas durante a administração Trump, especialmente no que diz respeito ao comércio e ao meio ambiente, ainda ecoam com força no setor automotivo. A Volvo, com suas fábricas em solo americano, sente esses impactos diretamente. Similarmente, outras montadoras precisam se adaptar, como a Honda transfere produção do Civic japonês para os EUA visando evitar tarifas.