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Opinião pública impacta vendas da Onvo, sub-marca da Nio, que busca lucratividade em 2025

Sentimento desfavorável do público resultou em uma redução de 30 a 40% no volume potencial de vendas da Onvo. A Nio enfrenta desafios para alavancar as vendas de sua submarca

A Nio, montadora de veículos elétricos, enfrenta desafios com sua sub-marca Onvo devido ao impacto negativo da opinião pública, conforme revelou o CEO William Li. A declaração foi feita durante a teleconferência de resultados da Nio em 21 de março, após a divulgação dos resultados financeiros do quarto trimestre e do ano de 2024.

Segundo Li, o sentimento desfavorável do público resultou em uma redução de 30 a 40% no volume potencial de vendas da Onvo. Apesar desse revés, a Nio mantém uma meta ambiciosa de alcançar a lucratividade no quarto trimestre de 2025, impulsionada por medidas de corte de custos e reestruturação operacional.

Opinião pública impacta vendas da Onvo, sub-marca da Nio, que busca lucratividade em 2025
Crédito da imagem: Onvo

“A recente competição de mercado e a opinião pública negativa afetaram adversamente o desempenho de vendas da Onvo”, explicou Li. Ele atribuiu a queda nas vendas a diversos fatores, incluindo menor reconhecimento da marca em comparação com concorrentes, pressão sobre novos pedidos após o cumprimento dos existentes, experiência de vendas insuficiente entre os funcionários e restrições iniciais no fornecimento de baterias.

Para mitigar esses problemas, a Nio está implementando melhorias na marca, na estratégia de canais e no treinamento de funcionários. A empresa busca aumentar a eficiência entre a Nio e a Onvo, compartilhando recursos em serviços de pós-venda, infraestrutura de troca de baterias e suporte de gestão, embora as redes de vendas permaneçam separadas. Li destacou que, apesar dos desafios, as vendas da Onvo superaram as da Nio em 12 regiões, indicando que a estratégia de marca dupla ainda possui potencial.

Em 2024, a Nio registrou uma receita total recorde de 65,732 bilhões de yuans (9,1 bilhões de dólares), um aumento de 18,2% em relação ao ano anterior. No entanto, o prejuízo líquido da empresa cresceu para 22,402 bilhões de yuans no ano, um aumento de 8,1% em relação a 2023.

No esforço para alcançar a lucratividade, a Nio implementou o que chama de “metas agressivas de redução de custos” em pesquisa e desenvolvimento, otimização da cadeia de suprimentos e operações de vendas. A empresa também introduziu um mecanismo operacional de “Unidade de Negócios Central” (CBU), dividindo seus negócios em 12 unidades principais para aumentar a eficiência e melhorar o retorno sobre o investimento.

Opinião pública impacta vendas da Onvo, sub-marca da Nio, que busca lucratividade em 2025
Crédito da imagem: Onvo

A melhoria da margem é fundamental para o plano de lucratividade da Nio, com metas de 20% para a marca Nio e 15% para a Onvo até o final de 2025. A empresa alcançou uma redução de 10% nos custos de materiais do veículo em 2024 e espera que seu chip Shenji 9031, desenvolvido internamente, reduza os custos por veículo em 10.000 yuans (1.400 dólares).

Para o primeiro trimestre de 2025, a Nio prevê entregar entre 41.000 e 43.000 veículos, representando um aumento ano a ano de aproximadamente 36,4% a 43,1%. A linha de produtos expandida para 2025 inclui o sedã carro-chefe ET9, versões atualizadas de modelos existentes, o segundo modelo da Onvo (L90) e o primeiro veículo de sua marca Firefly, com foco global. A BYD também está expandindo sua capacidade logística para suportar o crescimento do mercado de veículos elétricos.

Com essas iniciativas e uma forte reserva de caixa de aproximadamente 42 bilhões de yuans, a Nio permanece confiante em seu caminho para a lucratividade, apesar dos desafios enfrentados por sua sub-marca Onvo. Outras empresas, como a Xiaomi, também estão planejando expandir sua linha de veículos, mostrando o dinamismo do mercado.

rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.

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