A imposição de uma tarifa de 25% sobre carros e peças fabricadas fora dos Estados Unidos, anunciada pelo governo, está gerando discussões sobre o impacto no mercado automotivo. Uma lista oficial detalha a porcentagem de peças e montagem de veículos realmente feitas na América do Norte, revelando quais carros serão mais afetados pelas novas tarifas. Possíveis tarifas de Trump podem impactar a indústria automotiva global.
A chamada Lei de Rotulagem Automotiva Americana (AALA) oferece detalhes cruciais sobre a origem dos componentes dos veículos vendidos nos EUA. O documento especifica cinco aspectos principais:

- Porcentagem do carro fabricada nos EUA ou Canadá (sem distinção entre os dois países).
- Localização da montagem final.
- Origem do motor.
- Origem da transmissão.
- Porcentagem do carro proveniente de outros continentes.
Por exemplo, algumas versões do Hyundai Ioniq 5 têm 29% de seus componentes fabricados nos EUA, 29% na Coreia e 33% na Hungria. Já o Volvo S60 T8 Plug-In Hybrid é composto por 20% de peças americanas, 15% finlandesas e 15% suecas.
Contudo, a maioria dos carros é fabricada quase que inteiramente nos EUA/Canadá ou fora deles. Alguns dados podem surpreender os consumidores. O Lincoln Nautilus, por exemplo, tem apenas 5% de seus componentes fabricados nos EUA, com 87% vindos da China. Em contrapartida, o Kia EV6 é 80% americano, enquanto o Honda Ridgeline e o Acura MDX são 70% americanos. Hyundai anuncia investimento de US$ 21 bilhões nos EUA após estratégia de tarifas.
Estima-se que cerca de 45% dos veículos vendidos nos EUA sejam importados, principalmente do México e Canadá. No entanto, mesmo os carros montados nos EUA contêm peças importadas, conforme demonstrado pelo AALA. BYD almeja vender 5,5 milhões de veículos em 2025 e Tesla se prepara para entrar no mercado da Arábia Saudita em abril.
Todas estas informações serão importantes para o consumidor analisar a compra de um veículo novo, onde o preço pode ser impactado em decorrência destas novas tarifas.