O governo dos Estados Unidos anunciou a imposição de novas tarifas sobre produtos importados do Canadá, México e China, com vigência a partir de 1º de fevereiro. As medidas, apelidadas de ‘Taxa Trump’, estabelecem uma tarifa de 25% sobre bens e serviços provenientes do Canadá e do México, enquanto produtos chineses serão taxados em 10%.
A falta de detalhes específicos sobre quais setores serão afetados gerou preocupação em Wall Street, resultando em uma queda de 337 pontos no índice Dow Jones. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, informou que mais informações seriam divulgadas em breve, mas o anúncio já causou grande apreensão no mercado.
O governo canadense, por meio do Departamento de Finanças, declarou que está pronto para responder rapidamente a quaisquer ações comerciais tomadas pelos EUA. A resposta será proporcional e adaptável, com base nas experiências de perturbações econômicas anteriores. Além disso, o Canadá se comprometeu a auxiliar empresas e trabalhadores afetados pelas tarifas.
Chrystia Freeland, membro da Câmara dos Comuns e possível substituta do primeiro-ministro Justin Trudeau, propôs uma tarifa de 100% sobre veículos Tesla, além de vinhos, cervejas e destilados americanos. A medida, segundo ela, seria uma retaliação direcionada a apoiadores do presidente Trump, colocando Elon Musk em uma posição delicada.
Já o México, um grande exportador de carros, computadores, televisores e refrigeradores, demonstrou preocupação com o impacto das tarifas sobre as famílias americanas, especialmente nos estados da Califórnia, Texas, Flórida e Arizona. A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum Pardo, afirmou que o país está preparado para retaliar e que não aceitará nenhuma forma de subordinação.
O secretário de Economia mexicano, Marcelo Ebrard Casaubon, alertou que os preços nos EUA podem subir até 25%, além de causar problemas na cadeia de abastecimento e reduzir a disponibilidade de produtos.
Possível impacto no setor automotivo
A imposição dessas tarifas pode afetar significativamente a indústria automotiva, tanto nos EUA quanto nos países envolvidos. Fabricantes como a Tesla, que dependem de peças importadas e mercados estrangeiros, podem sofrer um grande impacto devido às novas taxas alfandegárias. Montadoras como Porsche e Audi já planejam produzir nos EUA para evitar as tarifas.