A cidade de Nova York, conhecida por seu alto custo de vida, acaba de se tornar ainda mais onerosa para motoristas. A partir de 5 de janeiro, a metrópole iniciou a cobrança de um pedágio urbano em Manhattan, com o objetivo de reduzir o congestionamento e, consequentemente, a poluição.
Os valores do pedágio variam conforme o tipo de veículo e o horário de circulação. Automóveis pagarão US$ 9,00 (R$ 55,63) durante o horário de pico e US$ 2,25 (R$ 13,90) fora dele. Picapes, caminhões leves e vans terão uma taxa de US$ 14,40 (R$ 89,00) no pico e US$ 3,60 (R$ 22,25) em horários de menor fluxo.
Já ônibus de turismo e caminhões médios e grandes recolherão US$ 21,60 (R$ 133,51) durante o pico e US$ 5,40 (R$ 33,38) fora dele. Motocicletas, por sua vez, pagarão US$ 4,50 (R$ 27,81) no pico e US$ 1,05 (R$ 6,49) em outros horários.
O período de pico se estende das 5h às 21h em dias úteis e das 9h às 21h nos fins de semana. A zona de pedágio, denominada *Congestion Relief Zone Toll*, abrange a área comercial central de Manhattan, da 60th Street até o extremo sul do Distrito Financeiro.
A cobrança será diária e única, com isenções para taxistas, ônibus urbanos, veículos de emergência e governamentais, motoristas de baixa renda, ônibus escolares e veículos transportando passageiros com condições médicas que impeçam o uso de transporte público.
Para fiscalizar a nova regra, Nova York conta com 1.400 câmeras, mais de 110 pontos de detecção e 800 placas de monitoramento. A iniciativa, pioneira nos Estados Unidos, enfrenta oposição, incluindo promessas do ex-presidente Donald Trump de combater a taxa. O estado vizinho de Nova Jersey também tentou, sem sucesso, uma ação judicial contra a cobrança.
A administração da cidade planeja utilizar os recursos arrecadados para modernizar o sistema de transporte público local. Em contraste com a taxa de poluição de San Diego, que incide apenas sobre faixas exclusivas nas rodovias, Nova York institui uma tarifa para toda a área central de Manhattan.