De saída, a nova geração da Toyota Hilux chega com a missão de modernizar um ícone global sem romper com suas raízes. A estratégia da fabricante japonesa combina um design atualizado, cabine repaginada e, sobretudo, uma guinada gradual rumo à eletrificação, acompanhando a pressão de rivais mais modernos em mercados-chave.
A estreia mundial está prevista para o, entre 28 de novembro e 10 de dezembro de 2025. A Tailândia, onde o modelo é desenvolvido e produzido, será a primeira a receber a novidade. Em seguida, a Austrália — um dos maiores mercados da picape — terá o lançamento no primeiro semestre de 2026. Segundo informações do Autoesporte , no Brasil inicia a fase de homologação em fevereiro do mesmo ano, o que empurra o lançamento local para o último trimestre.
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Com dez anos de estrada na atual geração, a Toyota acelerou o desenvolvimento da nova Hilux. Patentes registradas na Austrália e imagens vazadas antecipam o painel inspirado na Toyota Tacoma, dividido em dois níveis e com tela multimídia central de 10 polegadas. O acabamento vinho chama atenção, sugerindo tratar-se das versões topo de linha.
As primeiras imagens mostram uma cabine que combina modernidade e robustez. A central flutuante, no estilo anos 1980, mistura tons de marrom e preto, com botões físicos ao redor da tela — solução típica da Toyota. O painel de instrumentos deverá ser totalmente digital, e o console central foi redesenhado para oferecer mais espaço e funcionalidade.
Por fora, a dianteira adota faróis afilados e grade tipo colmeia, com o nome “Toyota” no lugar do tradicional logotipo. A carroceria preserva a base da atual plataforma IMV, repetindo a receita da Chevrolet S10, que passou por reestilização profunda sem trocar de arquitetura. Assim, medidas como a distância entre-eixos permanecem inalteradas.
Sob o capô, a gama seguirá com os motores turbodiesel 2.4 e 2.8 — o último com sistema híbrido leve de 48V, elevando o torque em baixas rotações. Uma versão a gasolina 2.0 turbo de cerca de 224 kW também está nos planos, com possibilidade de uso de e-fuels e até hidrogênio líquido. A estreia de uma opção híbrida plug-in está prevista para março de 2026.
Ao todo, 16 versões serão oferecidas na Austrália, todas com motor 2.8 turbodiesel 1GD-FTV. O modelo manterá chassi em formato de escada e estrutura reforçada, apostando na confiabilidade que o tornou referência mundial no segmento de picapes médias.
No Brasil, a Hilux continua líder isolada. Entre janeiro e setembro de 2025, foram 36.159 unidades emplacadas, bem à frente da Ford Ranger (24.822) e da Chevrolet S10 (21.565). Hoje, todas as versões vendidas no país usam o motor 2.8 turbodiesel de 204 cv e 50,9 kgfm, com câmbio manual ou automático de seis marchas.
Por mais que internamente a Toyota trate a nova geração pelo código 581D, substituindo o antigo 640X, o projeto é uma reestilização profunda e não um desenvolvimento do zero. O objetivo é combinar evolução tecnológica, maior eficiência e design atualizado sem comprometer a robustez que tornou a Hilux um símbolo global.
