A Nissan estuda transferir a produção do sedã Sentra do México para os Estados Unidos. A medida pode ajudar a marca a evitar a tarifa de 25% sobre carros importados e manter os preços competitivos no mercado americano.
Atualmente, o Sentra vendido nos EUA é produzido na fábrica de Aguascalientes, no México. A continuidade por lá pode pressionar os preços para cima — algo que a Nissan quer evitar, especialmente durante um momento delicado de reestruturação global.
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A montadora está passando por uma fase difícil: pretende cortar 20 mil empregos, fechar sete fábricas e reduzir o número de plataformas de veículos. Mudar a produção do Sentra faz parte da tentativa de melhorar a saúde financeira da empresa.
Embora a Nissan ainda não tenha confirmado oficialmente a mudança, uma fonte ligada à cadeia de suprimentos revelou ao site Auto News que a ideia está sendo considerada com seriedade.
Se a decisão for adiante, o modelo deve passar a ser montado na planta de Canton, no Mississippi. Hoje, essa unidade fabrica os modelos Altima e Frontier, mas está subutilizada, operando com apenas 51% da capacidade.
A fábrica no Mississippi precisaria de adaptações para começar a produzir o Sentra, o que poderia levar entre três e seis meses, segundo essa mesma fonte.
Em um relatório recente, o CEO da Nissan, Ivan Espinosa, comentou que a empresa conseguiu compensar cerca de 30% dos impactos das tarifas até agora, mas admitiu que as pressões sobre os preços continuam fortes.
O presidente da Nissan nas Américas, Christian Meunier, também falou sobre o desafio de manter o Sentra acessível e afirmou que esse é um objetivo claro da marca. Modelos como o Nissan Versa para PcD e o Nissan Kicks PcD são exemplos de como a marca busca atender diferentes públicos.