Nissan Murano sofre com estoques altos e queda na produção

A empresa teria reduzido a produção e pausado o trabalho em uma atualização do modelo prevista para 2028
Nissan Murano sofre com estoques altos e queda na produção
Crédito da imagem: Nissan

A Nissan enfrenta dificuldades para manter o Murano relevante no mercado. Mesmo com a chegada da linha 2025, o modelo não tem conseguido atrair tantos compradores como a marca esperava.

No início do ano, as vendas até surpreenderam, com um crescimento de 84,1% no primeiro trimestre, somando 8.702 unidades vendidas nos Estados Unidos. No entanto, esse fôlego durou pouco.

Nissan Murano sofre com estoques altos e queda na produção
Crédito da imagem: Nissan

Atualmente, o Murano começa a encalhar nas concessionárias. Dados da Cox Automotive, divulgados pelo Automotive News, mostram que o estoque do modelo já passa de cinco meses, cerca de 153 dias — um aumento em relação aos 133 dias registrados em março.

Diante disso, a Nissan decidiu reduzir a produção em 21% para tentar equilibrar oferta e demanda. Além disso, está oferecendo bônus de até US$ 2.000 para os revendedores que comprarem unidades do SUV.

O problema não é exclusivo da Nissan. O Toyota Crown Signia, outro SUV com proposta urbana e mais sofisticada, também sofre com vendas fracas — foram só 2.806 unidades no primeiro trimestre.

O Murano parte de US$ 40.470, ficando numa faixa de preço superior ao Pathfinder, apesar de ser menor. Isso o posiciona como uma opção quase de luxo, pensada mais para uso urbano.

Apesar de vir bem equipado, o modelo decepciona por não oferecer alguns itens esperados. Um deles é o ProPILOT Assist 2.1, presente no Rogue — um modelo mais barato —, mas ausente no Murano.

Outro ponto criticado é a falta de uma versão híbrida, cada vez mais procurada no segmento. Hoje, ele conta apenas com o motor 2.0 VC-Turbo, que entrega 241 cv e 352 Nm de torque. Segundo uma fonte, boa parte do público do Murano — mulheres de meia-idade — prefere modelos híbridos.

Nissan Murano sofre com estoques altos e queda na produção
Crédito da imagem: Nissan

A própria Nissan admite que foi otimista demais nas projeções e acabou produzindo além da demanda. Como resposta, além dos cortes na produção, a marca também reforçou os incentivos para tentar acelerar as vendas.

Para piorar, a empresa informou seus fornecedores que o desenvolvimento da atualização do Murano, prevista para 2028, foi colocado em pausa. A decisão definitiva sobre o futuro do projeto deve sair no próximo mês.

Se essa preferência por veículos elétricos continuar crescendo, a Nissan anuncia lançamento de veículos elétricos com baterias de estado sólido em 2028 pode ser uma solução futura para o público.

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