Um proprietário de Tesla decidiu replicar o experimento de Mark Rober sobre a tecnologia de direção autônoma da Tesla, obtendo resultados variáveis. A nova tentativa lança luz sobre as diferenças entre as versões mais recentes do sistema Full Self-Driving (FSD) e o Autopilot.
No início da semana, Mark Rober gerou debates online ao testar tecnologias de direção autônoma em um vídeo intitulado Can You Fool A Self Driving Car? (É possível enganar um carro autônomo?, em tradução livre). O vídeo comparava sistemas baseados em lidar com sistemas ópticos, como os utilizados pela Tesla. A repercussão foi imediata, com reações diversas.

Em geral, sistemas lidar tendem a apresentar maior clareza e precisão em certas situações, o que não surpreende, dado que se trata de um sistema de radar de alta definição capaz de detectar objetos na completa escuridão.
No vídeo de Rober, a dificuldade do sistema da Tesla em identificar uma barreira que simulava uma estrada real provocou críticas de entusiastas da marca. Vale ressaltar que o teste original utilizava o Autopilot, e não o Full Self-Driving (Supervisionado).
Kyle Paul, proprietário de um Tesla, decidiu refazer o teste utilizando o FSD. Ele imprimiu uma barreira idêntica à estrada e dirigiu seu Model Y em direção a ela diversas vezes.
Em todos os testes com o Model Y, o veículo não conseguiu detectar a barreira até estar a poucos centímetros de distância. Como sugerido por Rober, é possível que os sensores de estacionamento ultrassônicos tenham detectado a barreira antes da tecnologia de direção autônoma.
Posteriormente, Paul utilizou um Cybertruck no mesmo teste. Surpreendentemente, o Cybertruck foi aprovado, freando automaticamente ao se aproximar da barreira. A diferença reside no fato de que o Cybertruck utiliza a versão mais recente do hardware FSD da Tesla, denominada HW4, enquanto o Model Y (modelo 2022) utiliza o HW3.
É interessante notar que, em meio a discussões sobre segurança e tecnologia, protestos contra Elon Musk elevam custos de seguros para donos de Tesla nos EUA, um tema que também abordamos no **Fipe Carros**.
As lacunas nos testes
Alguns comentários apontaram para a ausência de testes com um manequim ou em condições de chuva, fatores que poderiam fornecer uma avaliação mais realista do desempenho do sistema em situações cotidianas. Além disso, é importante lembrar que a Tesla China inicia exportação de Megapacks produzidos na Megafactory de Xangai, mostrando a expansão global da empresa.
No entanto, os resultados ajudam a moderar as críticas ao vídeo de Rober. As contestações possuem fundamento, e aqueles que questionam a abordagem da Tesla em relação à direção autônoma têm argumentos válidos. Outro ponto relevante é que Painéis do Cybertruck da Tesla apresentam desprendimento e atrasos nas entregas, um problema que a empresa está tentando resolver.