Em resposta às tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos, liderado pelo então Presidente Donald Trump, o Canadá anunciou a aplicação de uma tarifa de 25% sobre veículos importados dos EUA. A medida, revelada pelo Primeiro-Ministro canadense Mark Carney, visa proteger os trabalhadores e empresas do setor automotivo canadense.
A tarifa de 25% incidirá sobre veículos totalmente montados que não estejam em conformidade com o CUSMA (Acordo Canadá-Estados Unidos-México), bem como sobre o conteúdo não canadense e não mexicano de veículos montados em conformidade com o CUSMA importados da América.
Entenda a regra: Para serem isentos das tarifas, os veículos precisam ter pelo menos 75% de conteúdo norte-americano. Alcançar esse patamar pode ser um desafio, mas alguns modelos devem atender a essa exigência. Inclusive, as Tarifas de importação nos EUA podem levar Mercedes a descontinuar modelos de entrada, dependendo do cenário.
O governo canadense garantiu que cada dólar arrecadado com essas tarifas será destinado diretamente ao apoio dos trabalhadores do setor automotivo. Essa medida é particularmente importante, uma vez que a Stellantis recentemente suspendeu a produção na Windsor Assembly em resposta às tarifas de Trump. As Tarifas de Trump podem elevar preços de carros importados em até US$ 16 mil, diz especialista.
Em comunicado, o Primeiro-Ministro Carney declarou: “A economia global é fundamentalmente diferente hoje do que era ontem. Devemos responder com propósito e força, e tomar todas as medidas para proteger os trabalhadores e empresas canadenses contra as tarifas injustas impostas pelos Estados Unidos, inclusive sobre automóveis. Nunca deixaremos de defender os interesses dos canadenses, proteger nossos trabalhadores e empresas e continuar nossa busca para construir a economia mais forte do G7.”
A guerra comercial promete ser desafiadora para ambos os lados, considerando que Canadá e Estados Unidos compartilham uma das relações comerciais mais abrangentes e dinâmicas do mundo. O governo canadense destacou que essa relação comercial é vital, sustentando milhões de empregos em cada país, com um fluxo diário de bens e serviços no valor de 2,5 bilhões de dólares americanos (3,5 bilhões de dólares canadenses) atravessando a fronteira.