A Jeep reconheceu que exagerou nos preços de seus SUVs mais caros e anunciou uma revisão em sua estratégia de equipamentos. A medida, inicialmente focada no mercado norte-americano, visa reajustar o posicionamento da marca no segmento de luxo. Segundo a montadora, o preço de modelos como o Wagoneer e Grand Wagoneer ultrapassou o limite aceitável, chegando a competir com veículos de marcas premium como o Cadillac Escalade.
Bob Broderdorf, chefe de operações da Jeep na América do Norte, admitiu que a Stellantis, controladora da marca, foi longe demais na precificação desses veículos. Em entrevista ao Motor1 USA, Broderdorf afirmou: “O Wagoneer foi longe demais. Existe uma linha tênue de até onde podemos ir”, referindo-se aos valores praticados.
A crítica principal é que, apesar do prestígio, a Jeep não é considerada uma marca premium como Cadillac ou Lincoln, e seus SUVs deveriam competir com modelos como Ford Expedition e Chevrolet Tahoe/Suburban.
Além da questão dos preços, a Jeep também revisará sua política de equipamentos. Anteriormente, itens desejáveis eram restritos às versões topo de linha, elevando significativamente o custo para o consumidor. Broderdorf destacou que isso precisa mudar: “Existem algumas coisas que eram travadas em estratégias anteriores nas quais equipamentos realmente legais eram difíceis de serem escolhidos. Isso precisa mudar”.
A nova abordagem será mais flexível, oferecendo opcionais de forma mais acessível e sem obrigar o cliente a adquirir versões completas para ter acesso aos recursos desejados. O executivo também acrescentou: “Você nos verá, em breve, detravando tudo isso do ponto de vista de produto. É isso que você quer? Está aqui. Não vamos fazer você pegar algo que não quer e ter que pagar um preço muito mais alto por isso”.