A GWM, montadora que vem ganhando espaço no mercado brasileiro, anunciou a criação de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FDIC) inédito no setor. A iniciativa visa impulsionar a compra de veículos usados e já nasce com um aporte inicial de R$ 60 milhões, destinado à rede de concessionárias da marca.
O principal objetivo do FDIC é otimizar a negociação de seminovos, tanto para os clientes quanto para as concessionárias. Segundo a GWM, o comprador terá maior chance de obter uma valorização do seu veículo usado na troca por um modelo zero km das marcas Haval e ORA. Para as concessionárias, o fundo representa uma melhoria no fluxo de caixa, facilitando a gestão do estoque de usados e garantindo maior estabilidade financeira.
Como Funciona o FDIC da GWM
O FDIC atuará como um facilitador nas transações entre a GWM e suas 100 concessionárias. Ao receber um veículo usado como parte do pagamento na venda de um carro novo, a concessionária terá um débito correspondente.
O fundo entra em cena financiando esse débito, permitindo que a loja tenha até três meses para revender o usado sem comprometer o próprio capital. A GWM detalha que, em média, cada um dos 28 grupos que gerenciam as concessionárias receberá um crédito superior a R$ 2 milhões, o que equivale a cerca de R$ 100 mil por loja.
O fundo é estruturado pelo Banco Alfa e gerido pela startup Kanastra. A expectativa é que o FDIC alcance até R$ 500 milhões e esteja disponível para toda a rede GWM no Brasil. A montadora enfatiza que a ação visa fortalecer suas concessionárias, já que o mercado de usados, em muitos casos, é mais lucrativo que a venda de veículos zero km.
O FDIC da GWM demonstra uma estratégia inovadora para o mercado automotivo, buscando beneficiar tanto os consumidores quanto os parceiros da marca. A iniciativa promete acelerar a negociação de seminovos e impulsionar as vendas de novos veículos da montadora.