A Tesla e a Ferrari estão sentindo o impacto das políticas tarifárias impostas pelo governo de Donald Trump, o que as obriga a repensar suas estratégias de produção e fornecimento. A Tesla, montadora de veículos elétricos, expressou preocupação em uma carta não assinada enviada ao Representante de Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer.
O documento alerta para o aumento dos custos de produção e a consequente perda de competitividade dos veículos fabricados nos EUA no mercado internacional. Segundo a carta, mesmo com esforços para fortalecer a cadeia de suprimentos doméstica, a obtenção de certos componentes e materiais nos Estados Unidos ainda é um desafio.
A empresa ressalta que as tarifas não afetam apenas a produção local, mas também as exportações para o Canadá, onde já foi necessário aumentar os preços dos veículos Tesla devido às novas taxas de importação.
A Tesla também enfatizou a importância de evitar tarifas sobre materiais como lítio e cobalto, essenciais para a produção de baterias e escassos no mercado americano. Inclusive, a BYD apresenta Super e-Platform com carregamento de 1000 kW, dobrando a potência da Tesla.
Em resposta à situação, a Tesla tem trabalhado para reestruturar sua cadeia de suprimentos global, buscando alternativas para a aquisição de materiais e componentes. No entanto, a disponibilidade limitada de recursos críticos nos EUA pode limitar a eficácia dessas medidas. Recentemente, a Tesla China planeja Model Y com preço reduzido para enfrentar concorrência.
Paralelamente, a Ferrari também se manifestou sobre o tema. O CEO da montadora italiana, Benedetto Vigna, declarou durante o evento Converge Live em Singapura que a empresa está preparando “contramedidas” para enfrentar as ameaças tarifárias de Trump. Vigna afirmou à CNBC que a Ferrari está em uma fase de planejamento para gerenciar os possíveis impactos das políticas comerciais. A Ferrari 512 BB de 1977 com kit widebody exclusivo vai a leilão no Reino Unido.