A General Motors (GM) pode em breve oferecer versões de suas vans comerciais com a insígnia da Hyundai nos Estados Unidos. Segundo informações recentes, um acordo entre as duas montadoras está em vias de ser firmado, o que permitiria à GM competir de forma mais eficaz no mercado de veículos comerciais elétricos.
A parceria, que já havia sido anunciada no outono passado com foco em desenvolvimento conjunto de produtos, fabricação e tecnologias de energia limpa, agora parece estar se concretizando com a possibilidade de a Hyundai fornecer veículos elétricos comerciais para a GM.
O diretor financeiro da Hyundai, Lee Seung Jo, afirmou durante uma teleconferência de resultados que a empresa está considerando a possibilidade de “rebatizar nossos veículos comerciais elétricos e fornecê-los à GM”, o que também facilitaria a entrada da Hyundai no mercado norte-americano de veículos comerciais.
Embora os detalhes específicos ainda não tenham sido divulgados, as discussões devem envolver a família de produtos ST1 ou PBV da Hyundai, incluindo a van PV5. Atualmente, a GM oferece modelos como Chevrolet Express e GMC Savana, que são consideradas mais antigas. A BrightDrop, que foi recentemente integrada à Chevrolet, oferece veículos comerciais maiores com preços a partir de US$77.900 e capacidade de carga de até 17.406 litros.
A parceria com a Hyundai permitiria à GM oferecer modelos menores e, possivelmente, mais acessíveis, para concorrer com vans como a Ford E-Transit, Mercedes eSprinter e Ram Promaster EV. Vale lembrar que a GM já tem histórico de parcerias em vans, como a Chevrolet City Express, que era uma versão rebatizada da Nissan NV200.
A expectativa é que os acordos vinculativos sejam assinados no primeiro trimestre deste ano. Além disso, a Hyundai anunciou que produzirá veículos híbridos em sua fábrica Metaplant America, na Geórgia, onde já são fabricados os modelos Ioniq 5 e Ioniq 9.
A produção local nos Estados Unidos também é uma estratégia da Hyundai para mitigar possíveis impactos de tarifas alfandegárias impostas pelo governo. No entanto, ainda é cedo para avaliar o impacto dessas medidas.