Em busca de um SUV com bom porta-malas ou atraído pelo design moderno de um cupê? Citroën e Fiat oferecem opções com características distintas e preços similares no mercado de veículos zero km. A dúvida que surge é: qual SUV levar para a garagem?
O Citroën Basalt Shine tem um preço de R$ 117.100, enquanto o Fiat Fastback parte de R$ 119.990. Quem impulsiona os dois SUVs cupês da Stellantis é o mesmo motor 1.0 GSE turbo flex de três cilindros, com 12 válvulas, injeção direta e comandos com variação eletropneumática, capaz de entregar até 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque. Outro ponto em comum é o câmbio CVT, que faz a excelente simulação de sete marchas.

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Dimensões e porta-malas do Fiat Fastback Turbo 200 e Citroën Basalt Shine
No quesito dimensões, o Basalt registra 4,34 metros de comprimento, 1,82 m de largura, 1,58 m de altura, 2,64 m de entre-eixos e 18 cm de altura mínima em relação ao solo.

O Fiat Fastback é ligeiramente maior em comprimento, com 4,42 m, mas oferece menos espaço interno, com 1,77 m de largura, 1,54 m de altura e 2,53 m de entre-eixos. A altura mínima em relação ao solo é de 19,2 cm.
No volume do porta-malas, o Fiat Fastback se destaca com 516 litros de capacidade, enquanto o Citroën Basalt oferece 490 litros. O modelo franco-fluminense prioriza o espaço para as pernas dos ocupantes, sacrificando um pouco do porta-malas, mas ainda oferecendo um bom espaço.

Como é o interior do Citroën Basalt Shine e Fiat Fastback Turbo 200
O Fastback é um carro mais comprido, mas sua cabine não é tão espaçosa quanto a do Basalt. Quando se trata de construção e acabamento, o Fastback ainda se sobressai, pois oferece uma maior variedade de texturas e um design mais moderno, mesmo tendo sido lançado antes.
No quesito acabamento, ambos deixam a desejar, com amplo uso de plástico rígido no painel e nas portas, além de algumas rebarbas que podem incomodar, como no porta-luvas do Fastback. Apesar disso, a montagem transmite uma sensação de solidez, com peças bem encaixadas.

Um dos destaques do Basalt é sua central multimídia de 10 polegadas, que oferece conectividade sem fio para Android Auto e Apple CarPlay. Já na versão de entrada do Fastback, a tela é menor, com 8,4 polegadas. A interface da Citroën é bonita e responde rapidamente aos comandos.
Outro ponto positivo do Basalt é o painel de instrumentos digital de 7 polegadas, enquanto no Fastback 200 Turbo, o display é de apenas 3,5 polegadas, localizado entre dois mostradores analógicos.

Desempenho e consumo
Ambos os SUVs compartilham o mesmo motor 1.0 turbo de 130 cv e 20,4 kgfm de torque com etanol, ou 125 cv e 20,4 kgfm de torque com gasolina, acoplado a uma transmissão CVT que simula 7 velocidades.
O Fiat Fastback possui um tanque de combustível de 47 litros e apresenta as seguintes médias de consumo, segundo o Inmetro:

- Cidade: 11,9 km/l (Gasolina) e 8,4 km/l (Etanol)
- Estrada: 14,6 km/l (Gasolina) e 10,2 km/l (Etanol)
Com um tanque de gasolina, o Fastback pode percorrer 559,3 km na cidade e 686,2 km na estrada. Com etanol, esses números são de 394,8 km e 479,4 km.
O Basalt também possui um tanque de 47 litros e médias de consumo similares, de acordo com o Inmetro:
- Cidade: 11,9 km/l (Gasolina) e 8,3 km/l (Etanol)
- Estrada: 13,7 km/l (Gasolina) e 9,6 km/l (Etanol)
Isso permite ao Basalt percorrer até 559,3 km na cidade com gasolina e 643,9 km na estrada. Com etanol, o alcance urbano é de 390,1 km, e em rodovias, 451,2 km.

Na prática, testamos os dois no mesmo circuito. O Citroën acelerou de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos, enquanto o SUV da Fiat fez o mesmo em 8,7 segundos. Mas por que essa diferença, já que o Fastback é maior e mais pesado? A resposta está na aerodinâmica: sua traseira alongada ajuda a cortar o ar com mais eficiência, garantindo um melhor desempenho.
Equipamentos de série
Apesar dos preços similares, os carros pertencem a segmentos diferentes, refletindo na lista de equipamentos. O Basalt Shine é o topo de linha de um SUV de entrada, enquanto o Fastback Turbo 200 é uma versão mais acessível, perdendo alguns itens para se enquadrar na faixa de preço abaixo de R$ 120 mil.
O Citroën Basalt Shine traz itens como central multimídia de 10” com conexão sem fio, painel de instrumentos de 7”, retrovisores elétricos, sensor de estacionamento traseiro, volante com ajuste de altura, quatro airbags, ar-condicionado automático e digital, bancos com revestimento premium e câmera de ré.

Além disso, conta com chave canivete, limitador e regulador de velocidade, direção com assistência elétrica, três portas USB-A e rodas de 16” com acabamento diamantado.
O Fiat Fastback Turbo 200 oferece central multimídia de 8,4” com conexão sem fio, direção com assistência elétrica, faróis em LED, painel de instrumentos analógico com tela de 3,5”, rodas de 17”, retrovisores externos com regulagem elétrica e função tilt-down, além de saídas de ar-condicionado para os ocupantes traseiros.
Também inclui quatro airbags, bancos em tecido, ar-condicionado automático e digital, câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro, duas saídas USB-A e uma USB-C.
Qual escolher?
Os dois modelos compartilham o mesmo motor confiável da Stellantis e têm uma diferença de preço relativamente pequena, de R$ 2.890. Por isso, a escolha entre eles não é tão simples e vai depender do perfil do comprador.

Para quem busca um carro já consolidado no mercado brasileiro e um dos mais vendidos da categoria, o Fiat Fastback pode ser a melhor opção. Por outro lado, o Renault Basalt vem ganhando espaço e teve 1.701 unidades vendidas em fevereiro, enquanto o Fastback registrou 3.772 emplacamentos.
Apesar de o SUV cupê da Fiat ter um espaço interno menor e uma central multimídia menor que a do modelo francês, ele se destaca em conforto, desempenho e equipamentos.
No fim das contas, a decisão depende das prioridades do comprador. Se a necessidade for um carro com mais espaço interno e melhor custo-benefício, o Basalt pode ser a escolha mais sensata.