O futuro da Dodge parece promissor para os entusiastas de motores V8. Após a chegada do Dodge Charger Daytona, que não agradou a todos no ‘brotherhood of muscle’ devido ao seu preço e propulsão elétrica, a marca busca alternativas para reconquistar seus fãs. A solução pode estar no retorno do icônico motor Hemi.
Embora a Dodge já tenha anunciado a chegada do motor Hurricane, um biturbo de 3.0 litros com seis cilindros em linha, que supera os antigos V8 de 5.7 e 6.4 litros em potência, muitos fãs ainda anseiam pelo tradicional Hemi. O novo motor Hurricane entrega 420 cv (313 kW / 426 PS) e 550 cv (410 kW / 558 PS), mas a paixão pelo V8 é inegável.
Com a saída de Carlos Tavares, o cenário para o retorno do V8 parece mais favorável. O CEO da Dodge, Matt McAlear, em entrevista ao The Drive, indicou que a nova gestão vê o motor V8 com outros olhos: “Uma das coisas encorajadoras é que, com a mudança na liderança, os V8 não são mais uma palavra proibida na empresa”.
Desafios de conformidade e um novo Hemi?
McAlear também mencionou os desafios de conformidade com as regulamentações atuais, considerando que os motores V8 de 5.7, 6.2 e 6.4 litros são modelos antigos. Ele ponderou sobre a possível flexibilização das normas sob a administração de Donald Trump, mas ressaltou que um ciclo de quatro anos pode ser insuficiente para o desenvolvimento de um novo motor, que leva cerca de dois anos.
Apesar das incertezas, McAlear demonstra otimismo, lembrando que o Charger Daytona foi lançado recentemente e a versão SRT ainda está por vir. “Estamos apenas começando. Vamos nos divertir muito”, afirmou.
Hornet GLH a Caminho
Além das discussões sobre o motor Hemi, McAlear revelou ao The Drive que a versão de produção do conceito Hornet GLH está confirmada para este ano. O conceito, que pode não ter causado grande impacto, apresentava grafismos exclusivos, sistema de escapamento duplo e rodas de 20 polegadas.
Segundo informações do Mopar Insiders, uma fonte confiável indicou que a Stellantis planeja retomar a produção do motor V8 de 5.7 litros. A produção seria transferida do México para Dundee, Michigan, e o motor poderia equipar modelos como o Dodge Durango e a Ram 1500.
