O governo da Coreia do Sul anunciou um pacote de medidas emergenciais para apoiar sua indústria automotiva nacional, em resposta à decisão dos Estados Unidos de impor tarifas de 25% sobre todos os veículos e componentes importados. A medida, que entrou em vigor em 10 de abril para automóveis, tem potencial para impactar significativamente o setor automotivo sul-coreano, que depende fortemente das exportações para o mercado americano.
O governo sul-coreano declarou que está em negociações com os Estados Unidos para tentar atenuar as tarifas, consideradas inesperadamente elevadas. O objetivo é minimizar o impacto negativo sobre as montadoras locais (OEMs) e preservar a competitividade da indústria no mercado global.
As medidas de apoio incluem:
- Incentivos fiscais para empresas que investirem em novas tecnologias e inovação.
- Facilitação do acesso a crédito para montadoras e fornecedores.
- Expansão de acordos de livre comércio com outros países para diversificar os mercados de exportação.
- Apoio à pesquisa e desenvolvimento de veículos elétricos e outras tecnologias limpas.
Espera-se que as tarifas dos EUA afetem as principais montadoras sul-coreanas, como “Hyundai” e “Kia”, que possuem uma presença significativa no mercado americano. A imposição dessas tarifas pode levar a um aumento nos preços dos veículos sul-coreanos nos Estados Unidos, o que poderia reduzir a demanda e prejudicar a lucratividade das empresas. Situações como essa muitas vezes levam a montadoras chinesas a desafiarem as tarifas e expandirem suas vendas de veículos na Europa, como noticiamos anteriormente no Fipe Carros.
O governo sul-coreano expressou preocupação com o impacto das tarifas sobre o emprego e a economia do país. As medidas de emergência visam mitigar esses efeitos e garantir que a indústria automotiva sul-coreana possa continuar a competir no mercado global. É importante notar que, em situações similares, Japão e Coreia do Sul reagem com cautela a tarifas sobre importação de veículos.