Em resposta à recente decisão do governo de São Paulo de isentar o IPVA (Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores) apenas para modelos híbridos da Toyota, a BYD anunciou que arcará com o valor do imposto para os clientes que adquirirem seus veículos híbridos em janeiro. A medida surge após a polêmica causada pela Lei 18.065, que estabeleceu critérios que favoreceram exclusivamente os modelos Toyota Corolla e Corolla Cross.
A legislação paulista define que, para obter a isenção de IPVA, um veículo híbrido deve custar até R$ 250 mil, ser flex ou movido a etanol, possuir um sistema elétrico com tensão mínima de 150 V e um motor elétrico com potência de pelo menos 40 kW (54 cv). A
penas os veículos da Toyota atendem a esses requisitos, com um motor elétrico de 72 cv, tensão de 200 V, tecnologia flex e preço inferior a R$ 250 mil. A produção desses modelos em Sorocaba, interior de São Paulo, também foi um fator determinante para a decisão do governo, conforme declaração do governador Tarcísio de Freitas.
A restrição da isenção a poucos modelos gerou descontentamento entre outras montadoras, incluindo a BYD, e consumidores. A marca chinesa, em vez de criticar a medida, decidiu oferecer o benefício por conta própria, isentando o IPVA para todos os seus híbridos vendidos até 31 de janeiro. A ação não se estende aos veículos elétricos.
A BYD, que tem investido fortemente no mercado brasileiro, demonstra com esta ação sua capacidade de reação rápida às mudanças no cenário automotivo. A decisão de isentar o IPVA para seus clientes é uma forma de mitigar os efeitos da política de incentivo fiscal do governo paulista, que beneficia apenas uma montadora. Modelos como Fiat Pulse e Fastback híbridos ficaram de fora da isenção, evidenciando a controvérsia da nova lei.
