A disputa entre BYD e Tesla no mercado de veículos eletrificados ganha novos contornos com a entrada das marcas no desenvolvimento de robótica e inteligência artificial. A BYD, que já tem demonstrado vantagem nas vendas de carros elétricos sobre a Tesla em alguns mercados, agora busca desafiar a montadora americana também em outras áreas de tecnologia.
Enquanto a Tesla, liderada por Elon Musk, investe no robô humanoide Optimus, com preços estimados entre US$ 20 mil e US$ 30 mil, para uso doméstico e industrial, a BYD foca no desenvolvimento de robôs para suas fábricas. O Optimus já foi testado na linha de montagem do Model Y e representa um avanço na integração da robótica na produção automotiva.
A Tesla também tem explorado a inteligência artificial tanto para robôs quanto para seus veículos, incluindo o projeto Cybercab. A BYD, por sua vez, não fica para trás. Através de sua subsidiária FinDreams Technology, criada em 2003, a empresa chinesa desenvolve não só robôs humanoides para competir com o Optimus, mas também robôs quadrúpedes, semelhantes aos da Boston Dynamics, que são controlados pela Hyundai. No entanto, a BYD planeja usar seus robôs exclusivamente dentro de suas fábricas, com foco em aumentar a eficiência da produção.
Essa estratégia da BYD levanta questões sobre o futuro dos trabalhadores de chão de fábrica, uma vez que a automação pode impactar os postos de trabalho. A Tesla já experimentou essa ideia, e a Xiaomi recentemente demonstrou a capacidade de produzir 150 mil carros por ano com apenas 20 funcionários por turno, sem o uso de robôs humanoides.
A crescente automação das linhas de montagem sugere que a indústria automobilística pode estar caminhando para um cenário onde robôs bipedes e outras tecnologias realizem tarefas antes executadas por humanos.
