A gigante chinesa BYD, que vendeu expressivos 4,27 milhões de veículos elétricos (EVs) e híbridos plug-in (PHEVs) globalmente no último ano, considera expandir ainda mais sua produção na Europa. A empresa, que já se consolidou como uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo, busca fortalecer sua presença internacional, especialmente no mercado europeu. Assim como a Xpeng expande atuação para Polônia.
Em entrevista recente na Alemanha, a vice-presidente executiva da BYD, Stella Li, revelou que a empresa tomará uma decisão nos próximos 18 a 24 meses sobre a necessidade de uma terceira fábrica no continente. A possível nova unidade fabril reforçaria a presença da marca e permitiria contornar as tarifas impostas pela União Europeia.

Em outubro do ano passado, a UE impôs uma tarifa adicional de 17,4% sobre os veículos da BYD, após uma investigação sobre subsídios concedidos pelo governo chinês a montadoras locais. Essa taxa extra se soma à alíquota de importação de 10% já existente, impactando a competitividade de preços da BYD em relação a seus concorrentes. As fábricas europeias seriam uma forma de mitigar esse impacto. Em fevereiro, as vendas de veículos elétricos na China disparam 82%, impulsionadas pela BYD.
Segundo a Reuters, Stella Li não indicou a possível localização da terceira fábrica durante a conversa com a imprensa.
Atualmente, a BYD está construindo uma grande fábrica na Hungria, com previsão de início das operações ainda este ano. Essa unidade terá capacidade para produzir até 350.000 EVs e PHEVs anualmente.
Além disso, a BYD firmou um acordo de US$ 1 bilhão para estabelecer uma fábrica na Turquia. Essa unidade, um pouco menor, terá capacidade para construir 150.000 veículos por ano e deverá gerar cerca de 5.000 empregos quando a produção começar, no final de 2026. A BYD inova com drone integrado e estação.