A BMW do Reino Unido anunciou que não fará mais publicações no X (antigo Twitter), mas manterá suas atividades no Facebook e Instagram. A decisão ocorre após o CEO da Tesla e do X, Elon Musk, ser acusado de fazer uma saudação nazista durante a posse do Presidente Trump.
A montadora alemã já havia se manifestado em 2016, expressando “profundo arrependimento” por ter fornecido veículos aos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Na quarta-feira, a BMW UK publicou no X que estava deixando a plataforma, sem apresentar justificativas detalhadas.
A publicação da BMW ocorreu menos de 48 horas depois que Musk causou polêmica ao supostamente fazer uma saudação nazista durante as comemorações da posse do Presidente Trump. Em vídeos, Musk aparece agradecendo a multidão e, em seguida, erguendo o braço com o punho cerrado, em um gesto que foi interpretado como uma saudação nazista.
A BMW informou que em breve fornecerá um posicionamento oficial sobre a saída do X.
Musk minimizou as acusações, classificando-as como uma tempestade em copo d’água. Em sua conta no X, ele escreveu: “Francamente, eles precisam de truques sujos melhores. O ataque de ‘todo mundo é Hitler’ é tão cansativo.”
Montadoras alemãs, algumas com ligações com o regime nazista, sempre se mostram cautelosas em relação a associações com o período. Em 2016, a BMW se desculpou por fornecer veículos aos nazistas e usar trabalho escravo, incluindo prisioneiros de campos de concentração, durante a guerra.
Figuras e grupos que seriam extremamente sensíveis a qualquer sugestão de que Musk estivesse imitando gestos antissemitas manifestaram apoio ao empresário, que já havia endossado o partido de extrema-direita alemão AfD em dezembro de 2024.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu Musk como um “grande amigo de Israel” e afirmou que o sul-africano está sendo “falsamente difamado”.