A crescente tendência de escapamentos falsos em veículos tem gerado debates acalorados entre entusiastas e consumidores. Algumas montadoras, buscando reduzir custos ou aprimorar a aerodinâmica, têm optado por incluir saídas de escapamento meramente decorativas em seus modelos. No entanto, a BMW reafirmou que não seguirá essa abordagem.
Segundo a marca, os modelos de sua divisão esportiva, BMW M, como o M3, continuarão a apresentar escapamentos quádruplos genuínos, mantendo a tradição e a performance visual que os caracterizam. Para outros veículos, a estratégia será de ocultar os escapamentos completamente. Já os modelos elétricos, naturalmente, não possuirão nenhum tipo de escapamento, alinhando-se com a natureza de sua motorização.
Essa decisão da BMW reflete um compromisso em preservar a identidade da marca e oferecer uma experiência autêntica aos seus clientes, mesmo diante da crescente eletrificação do mercado. A atitude contrasta com outras fabricantes de luxo, como a Audi, que foram criticadas por aplicar tubos cromados falsos, inclusive em modelos esportivos como o SQ5 Sportback, elevando os preços sem entregar um sistema de escapamento funcional e condizente.
A Audi, em resposta às críticas, já anunciou que irá abandonar as saídas de escapamento falsas em sua próxima geração de veículos. Por outro lado, o debate se estende para a sonoridade dos elétricos. Sem o ronco dos motores a combustão, algumas montadoras investem em sons artificiais. A Dodge, por exemplo, no Charger Daytona EV, busca uma fusão entre sons futuristas e o clássico ronco de um V8. Já a Abarth, no 500 elétrico, remete ao som de um motor de quatro cilindros.
A BMW, por sua vez, integrou sons projetados por Hans Zimmer em seus veículos elétricos, elevando a experiência sonora ao acelerar. A Hyundai, com o Ioniq 5 N, vai além, simulando até trocas de marcha para auxiliar os motoristas no controle da velocidade em curvas. A chave para essas funcionalidades é a flexibilidade, permitindo que o condutor ative ou desative conforme sua preferência.
A divergência entre as marcas evidencia um confronto entre tradição e inovação. Enquanto a BMW busca manter a autenticidade, afastando-se de soluções artificiais, outras como a Dodge e a Fiat exploram novas formas de preservar a conexão emocional com seus veículos. Este equilíbrio entre o respeito à história e a busca por novas tecnologias será crucial para atender às expectativas de um mercado que valoriza tanto a nostalgia quanto a funcionalidade moderna.