A General Motors (GM) anunciou que irá aumentar a produção de caminhonetes leves em sua fábrica de Fort Wayne, Indiana, em resposta às tarifas de 25% sobre importações automotivas impostas pelo governo do então presidente Donald Trump.
A decisão foi comunicada aos funcionários da unidade industrial, que atualmente fabrica os modelos Chevrolet Silverado e GMC Sierra. A medida visa ajustar a produção da GM, que também possui fábricas no México e no Canadá, onde é produzida cerca de metade de suas caminhonetes. Recentemente, o Canadá impôs tarifa de 25% a veículos importados dos EUA em retaliação às políticas de Trump.
Para viabilizar o aumento da produção, a fábrica de Fort Wayne interromperá suas atividades entre 22 e 25 de abril para implementar as mudanças necessárias. Uma fonte anônima informou à Reuters que centenas de trabalhadores temporários serão contratados.
Além disso, Rich LeToruneau, presidente do sindicato local United Auto Workers, afirmou que serão criados entre 225 e 250 empregos permanentes. A GM também implementará horas extras diárias e de fim de semana, além de aumentar a velocidade da linha de montagem, elevando a produção para 9 a 10 veículos por hora.
Em comunicado, a GM declarou: “A General Motors fará ajustes operacionais na Fort Wayne Assembly, incluindo a contratação de funcionários temporários, para apoiar as atuais necessidades de fabricação e negócios. Atualizamos e revisamos continuamente os cronogramas de produção como parte de nosso processo padrão de avaliação e alinhamento para gerenciar o estoque de veículos.”
Segundo a Reuters, a fábrica de Fort Wayne emprega atualmente 4.149 trabalhadores em três turnos. A General Motors registra forte alta nas vendas nos EUA em 2025, o que pode justificar essa mudança estratégica.
Mary Barra, CEO da GM, já havia considerado aumentar a produção nos EUA. Em janeiro, ela mencionou que as tarifas então iminentes do governo Trump poderiam levar a empresa a aumentar a produção de caminhões no país. Outras montadoras, como a Mercedes-Benz investe milhões em fábrica, também estão se adaptando a este cenário global.
