Autoridades do Porto de Baltimore, nos Estados Unidos, estão interceptando uma média de um veículo roubado por dia, em sua maioria com destino à África Ocidental. A ação criminosa envolve diversas táticas, incluindo o aluguel de carros por 30 dias, seguido de modificações para envio imediato ao exterior.
O Porto de Baltimore, um dos 20 maiores dos EUA em volume de cargas e movimentação de veículos, segundo o Bureau of Transportation Statistics, tornou-se um ponto crítico para a exportação ilegal de veículos. Agentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA examinam centenas de veículos diariamente, flagrando, em média, um deles tentando ser exportado ilegalmente.
Entre os modelos apreendidos, estão desde sedãs como o Toyota Avalon até picapes de alto desempenho como a Ford F-150 Raptor, além de SUVs como Mercedes, Land Rover Velar e minivans como Toyota Sienna.
Os criminosos utilizam diversos métodos para obter os veículos, como a compra com identidades roubadas. Uma tática comum é alugar o veículo por 30 dias e, antes do término do contrato, adulterar o número do chassi (VIN) e enviá-lo para o exterior.
O diretor da Alfândega e Proteção de Fronteiras do Porto de Baltimore estima que “90% a 95% dos veículos roubados são destinados à África Ocidental”. A situação contrasta com o Porto de Savannah, onde os veículos roubados são, frequentemente, enviados para países como Líbia, Jordânia, Turquia e Emirados Árabes Unidos. Em ambos os casos, os veículos financiam atividades ilícitas como tráfico de drogas, tráfico humano e terrorismo.
A falta de recursos e pessoal para inspeção de todos os contêineres é um desafio, mas a tecnologia tem auxiliado. Máquinas de raio-X móveis agilizam a varredura de contêineres, identificando aqueles que exigem uma análise mais detalhada.