O Chevrolet Malibu, um ícone entre os sedãs da marca, está se despedindo do mercado americano após mais de um século de presença. Desde os primórdios da Chevrolet, com o Classic Six em 1912 e o uso do termo sedã a partir de 1918, a montadora manteve o modelo três volumes como um pilar de sua oferta nos Estados Unidos.
Entretanto, esse capítulo está chegando ao fim. Atualmente, cerca de 7 mil unidades do Malibu ainda estão em estoque nas concessionárias americanas, marcando o encerramento de uma era. Segundo o site GM Authority, há aproximadamente 840 unidades do modelo 2024 e cerca de 3.000 da versão RS aguardando compradores. É importante ressaltar que nem todos os veículos em estoque são zero km, alguns sendo utilizados como carros reserva pelas lojas.
A maioria dos veículos zero km está sendo oferecida com descontos significativos, com preços que giram em torno de US$ 20.000 (aproximadamente R$ 120,8 mil), e algumas versões de entrada, como a LS, podem ser encontradas a partir de US$ 17.000 (cerca de R$ 102,7 mil). Os descontos variam entre US$ 4.000 (R$ 24,1 mil) e US$ 6.000 (R$ 32,6 mil), dependendo da concessionária, embora algumas cheguem a pedir até US$ 22.000 (R$ 132,9 mil) por um modelo 2025.
Com o fim da produção do Malibu na fábrica de Fairfax, no Kansas, não haverá um sucessor direto para o modelo no mercado americano. A produção do sedã, contudo, continua na China. O encerramento da trajetória do Malibu nos Estados Unidos é mais um exemplo do declínio da indústria automotiva americana, onde marcas como Honda e Toyota continuam a obter sucesso com seus sedãs.
A decisão da GM e, em parte, da Ford de abandonar os sedãs no mercado americano contrasta com a preferência dos consumidores por esse tipo de carro. Tanto que a Cadillac, marca de luxo da GM, continua oferecendo modelos sedãs. A Stellantis também mantém o formato no Dodge Charger de nova geração. Essa situação demonstra um cenário complexo no mercado automobilístico dos EUA.