A Nissan Motor Co. anunciou uma revisão em suas políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), juntando-se a outras grandes corporações que recentemente ajustaram suas iniciativas sob pressão de grupos conservadores. A mudança ocorre após questionamentos internos e “outros engajamentos”, conforme comunicado por Jeremie Papin, presidente da unidade das Américas da Nissan, em carta enviada aos funcionários.
Segundo a carta, que foi confirmada por um porta-voz da montadora e divulgada pelo influenciador digital Robby Starbuck, a Nissan interromperá sua participação em pesquisas e atividades de organizações externas com foco em ativismo político. Além disso, a empresa pretende realinhar os treinamentos de seus colaboradores, direcionando-os mais para os objetivos centrais de negócios.
A decisão da Nissan reflete uma tendência observada em outras grandes empresas nos Estados Unidos, como Toyota, Walmart e Harley-Davidson, que também reduziram ou ajustaram suas políticas de DEI recentemente. O influenciador Robby Starbuck, que possui mais de 700 mil seguidores na plataforma X (antigo Twitter) e outros canais, alega que as mudanças ocorreram após ameaças de boicotes direcionados.
Embora algumas empresas aleguem que já consideravam as revisões antes da pressão pública, o movimento demonstra o impacto de grupos conservadores nas estratégias corporativas. A postura da Nissan marca uma mudança em relação a sua abordagem anterior, uma vez que em 2022, Jeremie Papin havia expressado orgulho pelo foco da empresa em DEI.
Anteriormente, a montadora participava de iniciativas como o Índice de Igualdade Corporativa da Human Rights Campaign e destacava benefícios e políticas voltadas para a inclusão em seus relatórios de diversidade.
Com essa alteração, a Nissan se junta a uma crescente lista de empresas que adaptam suas práticas para responder a um ambiente político cada vez mais polarizado, evidenciando uma tensão entre as prioridades corporativas e as pressões externas.