Entenda o final de O Telefone Preto 2: a verdade sobre o Grabber e a mãe dos protagonistas

Um dos maiores mistérios revelados em O Telefone Preto 2 envolve Hope, a mãe dos irmãos Finny e Gwen.
Entenda o final de O Telefone Preto 2: a verdade sobre o Grabber e a mãe dos protagonistas
O Telefone Preto 2 explica a origem do Grabber e transforma terror em redenção

Resumo da Notícia

Atenção: este texto contém spoilers de “O Telefone Preto 2”

Quase três anos após o sucesso de O Telefone Preto (2021), a sequência dirigida por Scott Derrickson volta a mergulhar no horror psicológico e sobrenatural com “O Telefone Preto 2”, expandindo o universo iniciado no primeiro filme. Desta vez, o terror retorna não apenas com o assassino Grabber, mas com uma abordagem mais espiritual, em que trauma, fé e herança familiar se entrelaçam num enredo sombrio e intenso.

A trama mostra Finny (Mason Thames) e Gwen (Madeleine McGraw) quatro anos após sobreviverem ao sequestro do Grabber. Apesar do tempo, o trauma ainda assombra a dupla. Gwen, em especial, continua tendo pesadelos vívidos — e são eles que anunciam o retorno do assassino.

O grande ponto de virada ocorre quando o Grabber ressurge como um espírito vingativo, obtendo novos poderes após a morte. Ele passa a manifestar-se por meio de sonhos e, de forma ainda mais assustadora, consegue atacar fisicamente no mundo real, lembrando o modo de ação de Freddy Krueger em A Hora do Pesadelo.

O roteiro revela que os três primeiros meninos assassinados pelo Grabber, mortos anos antes, continuam presos espiritualmente ao local onde ele atuava. Esses espíritos alimentam o poder do assassino, permitindo-lhe assombrar e ferir Gwen. O filme estabelece que, ao encontrar e enterrar os corpos das crianças, Gwen consegue enfraquecer o espírito, tornando-se possível enfrentá-lo de forma definitiva.

O próprio Grabber confessa que, após sua morte, foi enviado ao inferno, onde perdeu tudo o que restava de humanidade. “Seu corpo foi esvaziado até restar apenas o pior dele mesmo”, explica um dos espíritos. Movido pela vingança, ele busca matar Gwen como forma de punir Finny — o garoto que o enganou e provocou a morte de seu próprio irmão no primeiro longa.

Gwen e a ampliação dos poderes psíquicos

Como o Grabber retorna para O Telefone Preto 2
Como o Grabber retorna para O Telefone Preto 2

A sequência dá mais destaque a Gwen, que deixa de ser coadjuvante e assume o protagonismo. O filme aprofunda a natureza de seus dons mediúnicos: agora, ela se comunica com os mortos através dos sonhos, conseguindo interagir com as vítimas do Grabber e, posteriormente, com o espírito da própria mãe.

Ao longo da história, Gwen descobre que seus poderes são herdados e estão ligados a uma linhagem espiritual feminina. Essa habilidade permite que ela transite entre o mundo real e o onírico, ampliando o alcance de sua conexão com o além. No clímax, Gwen utiliza suas visões para encontrar os corpos congelados dos garotos no lago e libertar seus espíritos, que passam a ajudá-la a derrotar o assassino.

Essa virada transforma o terror físico em uma luta simbólica entre fé e escuridão, mostrando a protagonista como ponte entre dois mundos. Em paralelo, Finny também enfrenta o passado — reprimindo o medo com sarcasmo e drogas — até finalmente aceitar o que viveu e encarar o Grabber cara a cara, num confronto que representa tanto uma batalha física quanto emocional.

A verdade sobre a mãe de Finny e Gwen

Os poderes de Gwen em O Telefone Preto 2, explicados
Os poderes de Gwen em O Telefone Preto 2, explicados

Um dos maiores mistérios revelados em O Telefone Preto 2 envolve Hope, a mãe dos irmãos. O filme revela que ela também possuía dons psíquicos, semelhantes aos de Gwen, e trabalhava como conselheira em um acampamento onde o Grabber — então conhecido como Wild Bill Hickok — era funcionário.

Durante o trabalho, Hope teve uma visão em que viu o Grabber sequestrando um entregador de jornal local, identificado como Billy. Ao tentar investigar e confirmar o crime, acabou sendo capturada e assassinada pelo próprio Grabber, que encobriu o homicídio simulando um suicídio.

Essa revelação cria uma nova camada de tragédia e motiva Finny e Gwen a enfrentar o assassino não apenas por sobrevivência, mas em busca de justiça pela mãe. A revelação também altera a percepção do primeiro filme, dando mais profundidade à fixação do Grabber pela família — que, agora, ganha contornos de obsessão e destino amaldiçoado.

Trauma, fé e redenção

Como o Telefone Preto 2 reconta a conexão entre o Grabber e a mãe de Finn
Como o Telefone Preto 2 reconta a conexão entre o Grabber e a mãe de Finn

“O Telefone Preto 2” mantém o foco no terror sobrenatural, mas usa o gênero para discutir temas humanos. Finny é retratado como um adolescente destruído por dentro, tentando esconder o medo e a raiva por trás da apatia. Seu colapso emocional é um dos momentos mais fortes do filme: ele admite que não quer mais sentir medo ou ódio, reconhecendo o peso do trauma.

Essa catarse prepara o terreno para o enfrentamento final, quando Finny consegue bater de frente com o Grabber, agora enfraquecido pela irmã. O confronto serve como libertação simbólica — uma forma de quebrar o ciclo de violência que o caçava desde a infância.

Ao mesmo tempo, o longa aborda a sob uma perspectiva complexa. Gwen acredita em Jesus e recorre à oração como proteção, enquanto personagens como Barbara, uma mulher religiosa e conservadora do acampamento, são retratados de forma hipócrita — usando a Bíblia como arma moral. A cena em que Mustang, um trabalhador local, a confronta por não ajudar as crianças desaparecidas reforça o contraste entre fé verdadeira e religiosidade vazia.

O filme reforça que o poder da fé não é institucional, mas humano. A confiança entre irmãos, o amor familiar e a crença no bem são as forças que realmente afastam o mal. O Grabber, alimentado pelo medo e pelo ódio, é derrotado quando essas virtudes se manifestam — e quando suas vítimas encontram paz.

Ao final, Gwen conversa com o espírito da mãe, num encerramento delicado que confirma a existência do paraíso. Enquanto o Grabber apodrece no inferno, a família reencontra a esperança.

Um horror sobre legado e cura

O verdadeiro significado do telefone preto 2
O verdadeiro significado do telefone preto 2

Mais do que uma sequência de sustos, O Telefone Preto 2 é um filme sobre legado, luto e fé. Ele amplia o universo criado no primeiro longa, mas mantém a essência: o terror como metáfora para o enfrentamento da dor.

O enredo resgata as vítimas do passado para libertá-las e, com isso, oferece aos sobreviventes a chance de reconstruir suas vidas. Gwen e Finny finalmente deixam de ser reféns do trauma e compreendem o peso da herança espiritual que carregam — uma herança que, longe de ser maldição, torna-se força.

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