A Embraer confirmou nesta terça-feira (1º) a venda de 45 jatos comerciais E195-E2 para a Scandinavian Airlines (SAS), num contrato estimado em US$ 4 bilhões (cerca de R$ 21,7 bilhões). O acordo, anunciado simultaneamente pelas duas companhias, inclui opção de compra de outras dez aeronaves, o que pode elevar o total para 55 aviões — a maior encomenda da SAS desde 1996.
O presidente-executivo da companhia escandinava, Anko van der Werff, destacou em coletiva de imprensa, em Copenhague, que a negociação faz parte da estratégia de renovação e padronização de frota. Já a Embraer vê o pedido como mais um passo para consolidar o E195-E2 no segmento de 120 a 150 assentos, faixa na qual a fabricante brasileira disputa mercado com Boeing e Airbus.
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As entregas começarão no fim de 2027 e se estenderão por quatro anos. Quando todas as unidades estiverem operacionais, a SAS terá uma frota regional quase totalmente composta pela nova geração de E-Jets, reduzindo custos de manutenção e consumo de combustível. Segundo dados de mercado, o E195-E2 oferece até 25 % menos queima de combustível por assento em comparação com a geração anterior.
Capacidade e características do E195-E2
- Maior jato comercial já produzido pela Embraer
- 120 assentos em duas classes ou 146 em configuração única
- Alcance de até 4.800 km, permitindo voos dentro da Europa e rotas para o Oriente Médio
- Motores de última geração Pratt & Whitney GTF, que garantem menor emissão de CO₂ e ruído reduzido
O anúncio reforça o bom momento comercial da Embraer. Somente em junho, durante o Paris Air Show, a fabricante fechou vendas de ao menos 70 jatos, incluindo 60 aeronaves para a americana SkyWest (US$ 3,6 bilhões). Com o contrato da SAS, a carteira de pedidos firmes do programa E2 ultrapassa 300 aeronaves e confirma a aposta da empresa em um mercado regional mais eficiente e sustentável.
A SAS, que atravessa um processo de reestruturação financeira e busca reduzir sua pegada de carbono, pretende usar os E195-E2 para substituir Boeing 737-700 e Airbus A319 mais antigos. A renovação deve proporcionar:
- Economia operacional de combustível e manutenção.
- Flexibilidade de rotas, cobrindo destinos de curta e média distância com menor custo por assento.
- Experiência aprimorada aos passageiros, graças a cabines mais silenciosas e espaço otimizado para bagagem.
Os engenheiros da Embraer e da SAS iniciam ainda este ano o planejamento de certificação e cabine para atender às especificações da companhia nórdica. Caso a opção pelos dez aviões extras seja exercida, a linha de produção de São José dos Campos poderá operar com capacidade plena até meados de 2031.
