Lula Saúda Acordo Tarifário entre EUA e China e Defende Multilateralismo

Lula Saúda Acordo Tarifário entre EUA e China e Defende Multilateralismo
Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou aprovação em relação ao recente acordo que visa reduzir as tarifas comerciais entre China e Estados Unidos. O anúncio do pacto ocorreu após uma rodada de negociações que reuniu representantes das duas potências econômicas na Suíça.

Durante uma coletiva de imprensa realizada em Pequim, onde cumpriu agenda oficial, Lula enfatizou que o entendimento demonstra que o diálogo prévio poderia ter evitado as tensões unilaterais. “Seria muito mais fácil, muito mais simples e muito menos penoso para o mundo”, declarou o presidente, complementando que “a sabedoria leva a gente sempre à mesa de negociação”. A fala de Lula sobre negociações nos lembra de sua mediação para o fim da guerra na Ucrânia, conforme noticiado em N10.

Lula também defendeu o fortalecimento da Organização Mundial do Comércio (OMC) como principal fórum para a discussão de políticas tarifárias globais.

O acordo estabelece a redução de tarifas adicionais impostas reciprocamente no mês anterior. Os Estados Unidos diminuirão as tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China reduzirá as taxas extras sobre produtos americanos de 125% para 10%. Embora as negociações entre os dois países continuem, o mercado global já respondeu positivamente ao anúncio. É interessante notar que esse acordo tarifário impacta diretamente a economia, como podemos ver em N10.

Nova Ordem Mundial e o Papel da ONU

O presidente Lula reiterou a necessidade de revitalizar o sistema de governança global, ressaltando que não há espaço para ações unilaterais, especialmente no que se refere aos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Segundo ele, a atuação forte da Organização das Nações Unidas (ONU) é essencial para garantir que as decisões tomadas nas conferências climáticas (COPs) sejam efetivamente implementadas.

Lula expressou que sua visita à China reforçou a visão compartilhada com o presidente Xi Jinping sobre a importância do multilateralismo na gestão de questões globais. Ele destacou o papel crescente da China no cenário mundial e a relevância dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) como atores importantes na geopolítica contemporânea. O Brasil sediará a próxima Cúpula dos BRICS, em julho, no Rio de Janeiro. Essa parceria com a China tem sido fundamental para o Brasil, como exemplificado pelo acordo de swap cambial, noticiado em N10.

"Nós queremos tomar decisões importantes para ver se a gente muda o eixo da geopolítica mundial", afirmou Lula.

Regulamentação de Redes Sociais

Durante a coletiva, Lula também abordou o tema da regulamentação das redes sociais, mencionando uma conversa que teve com Xi Jinping sobre os impactos negativos dessas plataformas na disseminação da violência política. O presidente revelou ter convidado um representante chinês para discutir o funcionamento das redes sociais no Brasil, com foco especial no TikTok.

Lula ainda expressou desconforto com o vazamento de detalhes da conversa, que incluiu um comentário da primeira-dama Janja da Silva sobre os ataques online contra mulheres e crianças. Segundo ele, Xi Jinping manifestou apoio ao direito do Brasil de regulamentar as redes sociais.

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