Economia

Ibovespa fecha em alta impulsionado por commodities; dólar renova máxima histórica

O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira com alta de 1%, atingindo 127.210 pontos. A oscilação ao longo do dia ficou entre 125.946 e 127.542 pontos. Esse desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelo anúncio de que a China adotará políticas fiscais mais “proativas” e políticas monetárias “moderadamente mais flexíveis”, notícia bem recebida pelos agentes financeiros.

Ações de empresas do setor de commodities lideraram os ganhos, com destaque para CSN Mineração (+6,68%), Vale (+5,32%) e CSN (+4,39%). Operadores de mercado interpretaram o compromisso chinês de estimular a economia e apoiar setores vulneráveis como um sinal positivo.

A Petrobras também se beneficiou da alta dos preços do petróleo, impulsionada pelas incertezas geopolíticas no Oriente Médio, em decorrência da queda do presidente sírio Bashar al-Assad.

Por outro lado, ações mais sensíveis à variação de juros registraram quedas expressivas. GPA (-5,06%), Petz (-4,51%) e Cogna (-4,17%) foram algumas das empresas que sofreram com a forte alta dos juros futuros, antecipando a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

O cenário externo, com as notícias sobre estímulos econômicos chineses, contribuiu para amenizar as preocupações com a aprovação do pacote fiscal no Congresso Nacional. Apesar disso, a resistência de parlamentares em relação ao tratamento dado pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), às emendas parlamentares, ainda gerou apreensão.

O volume financeiro negociado no Ibovespa foi de R$ 15,7 bilhões, enquanto na B3 como um todo, chegou a R$ 21,2 bilhões, em um dia caracterizado por menor liquidez.

No mercado cambial, o dólar à vista encerrou em alta de 0,18%, cotado a R$ 6,0820, atingindo novo recorde histórico de fechamento. A moeda americana oscilou entre R$ 6,0369 (mínima) e R$ 6,0899 (máxima). Embora os estímulos chineses tenham beneficiado inicialmente moedas ligadas a commodities, como o real, essa tendência não se manteve, com operadores apontando a dificuldade de aprovação das pautas fiscais no Congresso como fator de desconfiança do investidor em relação aos ativos brasileiros.

O euro comercial fechou em alta de 0,19%, cotado a R$ 6,4208. O índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, subiu 0,09%, fechando a 106,153 pontos.

Em Nova York, as bolsas fecharam em queda. A queda da Nvidia, após anúncio de investigação antitruste na China, pressionou o mercado, levando o Dow Jones a cair 0,54%, para 44.401,93 pontos; o S&P 500 recuou 0,61%, fechando a 6.052,85 pontos; e o Nasdaq perdeu 0,62%, encerrando em 19.736,69 pontos. A queda também foi influenciada por um ajuste dos investidores antes da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de novembro, na quarta-feira. Além da Nvidia (-2,55%), outras big techs como Meta (-1,64%), IBM (-3,34%) e Amazon (-0,42%) também registraram perdas. A Advanced Micro Devices caiu 5,58% após rebaixamento de recomendação pelo Bank of America, e a Comcast teve queda de 9,5% após anunciar a perda de 100 mil assinantes de banda larga. O setor financeiro foi o principal perdedor, com queda de 1,41%, seguido por serviços de utilidade pública e serviços de comunicação (1,30% de queda cada).

Na Europa, a maioria dos principais índices acionários fecharam em alta, impulsionados pelos estímulos anunciados pela China e pela expectativa de corte de juros pelo Banco Central Europeu (BCE). O índice Stoxx 600 subiu 0,17%, fechando a 521,33 pontos; o FTSE, de Londres, teve alta de 0,52%, atingindo 8.352,08 pontos; e o CAC 40, de Paris, subiu 0,57%, fechando a 7.480,14 pontos. O DAX, de Frankfurt, foi exceção, registrando queda de 0,19%, fechando a 20.345,96 pontos. Ações de empresas de mineração, como Rio Tinto (+5,23%) e Antofagasta (+4,91%), e de luxo, como Kering (+3,42%), tiveram destaque positivo. O economista do Commerzbank, Rainer Guntermann, afirmou em relatório: “Embora alguns membros do BCE tenham indicado que um corte maior pode ser discutido, ainda há um consenso muito forte no mercado para um corte de 0,25 ponto percentual”.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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